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portugal dos pequeninos
"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 31 Jan 14

«Com uma das mais importantes e válidas poesias que o século XX português conseguiu produzir, Jorge de Sena constitui um momento cimeiro numa linha nem sempre ascendente, ou motivante — “A poesia portuguesa é pobre de poetas”, disse em Da Poesia Portuguesa (1959). Numa luta permanente contra o óbvio e o marasmo, contra a ignorância e a pequenez, a sua obra ergueu, por entre a indiferença e a perfídia, um dos monumentos mais perduráveis da cultura portuguesa — “Se a miséria e a pobreza/ fossem o vómito que deviam ser postos em palavras,/ a imaginação possuída e vomitada que deviam ser,/ viria a liberdade por acréscimo,/ sem palavras, sem gestos, sem delíquios.” (p. 501) Uma obra que se afirma como um ponto fulminante no escuro que domina tanta da cultura portuguesa: pela sua novidade (abalo de estruturas retóricas convencionais, poderio imagético, servido pelo afinco da disciplina formal), pela força irreprimível de uma inteligência que era nervo. Cultura e vida raramente estiveram tão unidas, e não é raro que Sena se refira aos seus poemas como “vividos”. Estava tão consciente das tensões (se não das contradições) circulantes na sua obra — “Tão acusado de intelectualismo, tão adversário da chamada ‘inspiração’, nada escrevi que de uma vez não escrevesse e não considerasse escrito de uma vez para sempre” (p. 728) —, como da coesão que a sustentava — foi o próprio quem notou a “grande continuidade de inspiração, ainda que de evolutivo estilo, naturalmente, desde Perseguição a Fidelidade” (p. 735).»
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...