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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 8 Mai 15
Paradoxalmente, ou talvez não, a vitória conservadora na Inglaterra constitui mais uma derrota da "Europa": a de Barroso, de Juncker, da Senhora e de Hollande. O "nivelamento" a que praticamente todas as governações europeias se sujeitaram, sejam mais das esquerdas ou mais das direitas, por causa do "tratado orçamental" alterou profundamente aquilo a que o PC costuma chamar "a correlação de forças". O socialismo e a social-democracia, à força de não se distinguirem dos "conservadores" e "liberais"no austeritarismo e na mistificação política em que se tornou a "Europa", fazem com que a populaça prefira o original (com algumas "originalidades" tais como a ameaça de referendo sobre a pertença à Europa e a moeda própria) ou o "radical" quase inconsequente (como na Grécia) a cópias remoídas. Deve ser por isso que o dr. Costa, que possui um módico de literacia económica e financeira, não se entende politicamente com o "relatório técnico" que encomendou. Está entre aquele clássico querer e não querer o mesmo, "rebocado" pelos mesmos que já não vão a tempo de entender, para citar um título de Manuel Valls, que é preciso acabar com o velho socialismo para ser finalmente de esquerda.
João Gonçalves 8 Abr 14
«O que devia estar a ser discutido nesta campanha para o Parlamento Europeu era a Europa e os seus regulamentos. O Tratado Orçamental europeu é um desses regulamentos que contêm objectivos de equilíbrio orçamental que nunca existiram em Portugal (pelo menos em democracia) e foi assinado com satisfação pelo PSD e CDS e com algum mal-estar pelo PS. O mais que fizeram os socialistas foi evitar que o défice zero como regra de ouro fosse parar à Constituição, como queria o PSD. Acabaram a dar o seu ámen a uma lei de valor reforçado, que é quase a mesma coisa. É este Tratado Orçamental que faz com que a austeridade não venha a ter fim em Portugal, qualquer que seja o governo - simplesmente porque as regras europeias não permitem que se saia disto. Cavaco Silva explicou bem isso no famoso prefácio aos últimos roteiros. Qualquer que seja o governo - este ou um futuro governo PS ou PS/PSD - estará condenado a governar com as regras do Tratado Orçamental europeu. O que nos espera, enquanto o Tratado Orçamental não for revogado, é "austeridade para sempre" - o resto são fantasias. Como vários já escreveram, a Europa ilegalizou as políticas keynesianas, ao adoptar o Tratado Orçamental - com o alto patrocínio dos partidos socialistas e sociais-democratas europeus. A proposta de referendo do Bloco de Esquerda é uma excelente oportunidade para se discutir isto. Se a maioria do povo estiver disponível para viver com estas regras, muito bem. Ninguém vai ao engano. Infelizmente, o mantra do "não se pode falar", que já tinha sido matraqueado à exaustão a propósito do Manifesto dos 74 em defesa da reestruturação da dívida, é o "debate" dos tempos que correm. Rangel diz que o referendo "não tem oportunidade nem cabimento". Zorrinho, n.o 2 da lista do PS, diz ao i que "pôr em causa o Tratado é pôr em causa a continuidade de Portugal no euro". Mas aí é também importante que Zorrinho (e principalmente Seguro) explique como é que vai acabar com a austeridade amarrado a um pedregulho que envia Portugal para o fundo. É simples: não vai acabar. Mas era bom (e o referendo ajudaria muito) que os portugueses soubessem e decidissem, para o bem ou para o mal. E principalmente, "sem medos".»
João Gonçalves 13 Abr 12
Portugal foi o primeiro país da União a ratificar o chamado "tratado orçamental" cuja aprovação no Conselho Europeu teve lugar o mês passado. Se descontarmos a noite de quinta para sexta (de uma forma geral passada a dormir), o "debate" doméstico sobre o "tratado" reduziu-se, para aí, a cerca de duas horas. Em França, por exemplo, o "debate" entra a fundo nas eleições presidenciais. Se Sarkozy for substituído por Hollande, o "tratado" poderá estar ameaçado na sua vigência tal como se encontra redigido. Todavia, e uma vez que por cá o assunto já está arrumado (falta a chancela do PR que decerto honrará o "consenso"), permito-me repetir o que aqui sempre se escreveu desde que se começou a falar em "constituição europeia" ou no "tratado de Lisboa". A Europa da primeira década do século XXI, mais do que défices económicos e financeiros, possui um terrível défice de cultura democrática. A crise só o agravou e pretextou estes desenvolvimentos "legais" destinados, sobretudo, a remover a política da cena europeia. Nem que seja para "vingar" a política - mesmo a federalista - e desejar o seu rápido regresso, que Hollande (mesmo chochinho) vença.
João Gonçalves 5 Out 11
João Gonçalves 14 Mai 11
João Gonçalves 28 Out 10
João Gonçalves 17 Mai 10
João Gonçalves 14 Mai 10
João Gonçalves 15 Abr 10
João Gonçalves 28 Jan 10
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...