Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]

portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

NEM DADO

João Gonçalves 25 Out 11


Leio num rodapé televisivo que o sr. Blair vai aconselhar o Cazaquistão em matéria energética. O sr. Blair é uma personagem detestável que inspirou, nos idos de 90, a esquerda moderna pelo mundo fora. Era a "terceira via". Em Portugal, Guterres foi o epígono mais notável mas Sócrates e o seu "empreendedorismo" (ainda agora tão loquazmente explicado por essa mente brilhante chamada Paulo Campos) não lhe ficaram atrás. Encerrada a referida "via" com os custos que se conhecem, o sr. Blair decidiu tornar-se multimilionário à conta da sua própria caricatura. Como o mundo é cada vez mais menos exigente, há quem compre o sr. Blair e a sua falácia por alto preço. Por mim, nem dado.

BIMBALHICE

João Gonçalves 9 Out 10


Blair, o Tony, diz que "Sócrates é dos melhores". Há elogios que, vindos de onde vêm, matam qualquer um. Embora definam tanto o bajulador quanto o elogiado.

O ABJECTO BLAIR

João Gonçalves 2 Set 10


No livro, um belo livro, de Thomas Harris, Hannibal, a dado momento Lecter escreve a Clarice. Termina dizendo que o mundo é um lugar melhor pela circunstância de Clarice existir nele. É justamente o oposto disto que Tony Blair representa - o mundo é um lugar mais abjecto por Blair existir nele. Infelizmente Hannibal nunca se cruzou com Blair. Porque apreciava "cozinhar" todos aqueles que considerava menores e perturbadores da amenidade universal. Tony é um escarro - não é por acaso que se chama Tony e não Anthony - que continua por aí, pago como uma luxuosa prostituta internacional para falar a néscios. Não contente com isto, deu à estampa (o que também já lhe deve ter dado milhões pré-pagos de direitos autorais) um livro de memórias no qual, como mísero acanalhado que é, acusa Brown (que o criou politicamente) de alegados aspectos nocivos da sua personalidade que "estragaram" a maravilhosa herança do "new labour" do cretino. Blair, e a sua medonha e vulgar "Cherrie", é um ícone da esquerda moderna que deu, por cá, em Guterres e Sócrates. Revelou-se um tramposo oportunista que, por ser mais inteligente e maquiavélico que W. Bush, se mantém à tona como grande "personalidade internacional". É um sinal dos tempos que um Tony tão humanamente reles o seja. Mas os tempos também não merecem melhor.

O LAMENTÁVEL BLAIR

João Gonçalves 29 Jan 10


Blair - aquela sinistra figura de sorriso idiota que inspirou a "esquerda moderna" - foi a uma comissão de inquérito dar pseudo explicações sobre a guerra do Iraque. Ele, disse, acreditava piamente que havia armas de destruição maciça no Iraque, a falácia e o pretexto para a invasão. As imagens patéticas de Blair a dizer isto mostram não um herói ocidental mas um cínico desavergonhado. Por muito menos, outros são ouvidos nessa duvidosa instituição de direito internacional que é aquele Tribunal de Haia. Só porque passa por ser democrata é que Blair não senta o rabinho por lá?

DO PÓS-BLAIRISMO AO PÓS-SOCRETISMO

João Gonçalves 31 Mai 09


O que se está a passar com os Trabalhistas ingleses do sr. Brown - uma sondagem remete o partido do governo para um desgraçado terceiro lugar nas eleições europeias atrás de um partido antieuropeu e dos conservadores - é, mais ou menos, o que vai acontecer ao PS quando se livrar do pesadelo "socrático". Apesar dos ingleses serem aparentemente mais implacáveis para com a miséria moral, intelectual e política das nomenclaturas do que nós, o PS que se seguir ao absolutismo medíocre e autoritário de Sócrates vai passar as passas do Algarve. As peripécias do PSD ao pé disso parecerão pequenos divertimentos de ocasião. Blair - o Tony da "esquerda moderna" e milionário conferencista mundial de opereta - deu o mote para o anunciado descalabro. Depois de mim, o dilúvio, terá pensado o sorriso mais idiota da ilha de Sua Majestade. Brown porventura não merecia esta humilhação. Quem serve Tony Blairs anos a fim quando, na verdade, são os Tony Blairs quem se serve deles, arrisca-se a vexames destes. É bem feito.

O TONY

João Gonçalves 10 Mai 09


Tony Blair veio aí para uma conferência qualquer destinada a impressionar os indígenas e a D. Teresa de Sousa. A criatura - é o que ele sempre foi, basta ler as biografias dos "criadores" - é agora o "enviado especial do "Quarteto" para o Médio-Oriente". Em 1997 ganhou as eleições em Inglaterra com o seu irritante sorriso pepsodent e uma propaganda habilidosa preparada por outros. O "new labour" colocou meio mundo a babar-se de emoção sobretudo quando a improvável Mrs. Blair, de seu nome "Cherry", apareceu estremunhada a abrir a porta do "nº 10" aos jornalistas a fingir que era uma mulher vulgaríssima. Como se fosse preciso fingir. De Clinton ao bonzinho Guterres, Blair passou a ser o novo sol da social-democracia e a Inglaterra da "princesa do povo", o seu baluarte. Depois veio o Iraque e os amores com Bush filho que desiludiram muita desta gente que via em Blair tanto o pragmático expoente da "terceira via" do sr. Giddens como o político que ia dar alguma respeitabilidade à "esquerda moderna". Foi daí que brotaram figuras articuladas como bonecos a pilhas da estirpe de um Zapatero ou de um Sócrates. O certo é que o Tony se impôs, como se costuma dizer, na cena internacional apesar do disparate iraquiano e do cansaço doméstico. Há quem fale nele para presidente de uma Europa futura. Não é mal pensado. A globalização tem o seu lado de banalização que, aliás, não é assim tão pequeno. Blair é um dos rostos disso, algo para lá da modernidade e da pós-modernidade que supostamente representou. Algo que é nada.

KAIROS

João Gonçalves 23 Set 08


A Blair - como a Sócrates - sorriu o kairos (καιρος, no original). A Gordon Brown, não. É a vida.

A "ESQUERDA MODERNA"

João Gonçalves 28 Mai 07


O sr. Zapatero - o campeão das paridades e do sexualmente correcto até nos concurso televisivos - levou uma sova nas "municipais" espanholas. Não porque o seu PSOE tivesse perdido muito e o PP ganho estrondosamente. Em Madrid, sim, o PP arrasou o sr. Zapatero e, no país, ficou à frente com apenas quase 200 mil votos. Levou uma sova porque o sr. Zapatero decidiu "mudar" a sociedade espanhola como se muda de camisa à conta do "correcto". Ora o "correcto", sendo muito bonito e colorido, e servindo para colar o rótulo de modernaço, não muda a essência das coisas. Zapatero, afinal, e apesar dos adereços, era demasiado pequeno para tamanha chinela. Como no resto, aliás, não se tem distinguido por manter os níveis de adrenalina política e de crescimento a que a Espanha estava habituada com o PP do inspector de finanças Aznar. A estupidez final deste deu o poder de bandeja a Zapatero que, coitado, quis ser um "socialista do século XXI", moderno, como eles dizem. Nós também temos um destes da "esquerda moderna" e é o que se vê. Aos poucos, a "esquerda moderna" que começou em Blair começa a mostrar o que vale. Sem os alicerces e a biografia que davam vigor à "antiga", esta "esquerda", na hora da verdade, pouco mais vale que uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma. Cá não será diferente.

DO OPTIMISMO

João Gonçalves 6 Mai 07

Com a saída de cena - será que é desta?- do trapaceiro* Blair, a "nova esquerda" - de que ele é pai espiritual e sorriso pepsodent - precisa urgentemente de uma nova "referência" e de outra fachada. Foi buscá-la à também sorridente e inócua Ségolène que tem propiciado as prosas mais abjectas e sectárias nos nossos "jornais de referência". Todos os "correspondentes" em Paris, e um ou outro "comentador" ou "editorialista", agarram-se à sra. Royal como gato a bofe requentado. Blair e o seu infeliz cortejo de admiradores europeus - com o untuoso Guterres à cabeça - precipitaram a Europa no descrédito. Como bom hipócrita*, Blair fez a ponte com os EUA por causa do Iraque, com os resultados conhecidos. Nem assim os "optimistas" deixaram de nutrir pelo aberrante homem a ternura que, na versão deles, distingue a "direita" da "esquerda". Hoje pode ser o primeiro dia da varridela geral que, mais cedo do que tarde, deverá ser dada nestes farsantes do optimismo antropológico e maîtres-penseurs que nos "governam" por esse mundo fora.

*Termos recolhidos do excelente retrato do "Tony" feito por Vasco Pulido Valente no Público. "O sentimento, como qualquer adulto sabe, é o pai da mentira. E Blair, o adorável "Tony", mentiu sempre: deliberadamente, calculadamente, ininterruptamente. Os spin doctors fabricavam a emoção e abafavam a verdade. Ele próprio representava a inocência e a virtude, enquanto o caos crescia no Serviço Nacional de Saúde, na administração local e no ensino, ou o partido ia trocando títulos (de nobreza, claro) por dinheiro, ou na porta ao lado se preparava uma guerra com informação falsa e uma demagogia apocalíptica. "Tony", o querido "Tony", de que hoje nos despedimos, não passava de um hipócrita e de um trapaceiro."

A NATUREZA DELES

João Gonçalves 5 Abr 07


Foi deveras impressiva - e cómica para não ser trágica - aquela imagem de não sei quantos matulões britânicos a agradecerem ao senhor do Irão a "graça" do regresso à liberdade. O "ocidente" vergou-se por instantes (começa a tornar-se uma "especialidade") àquele homem pequenino com ar de gerente de uma "loja de trezentos" no Intendente. Ele apreciou e deixou clara a sua mensagem de desprezo pelo referido "ocidente", sublimemente representado por um decadente Blair em fim de carreira. É o que dá estarmos entregues a homens sem qualidades. Mais tarde ou mais cedo, a natureza deles acaba por vir à tona.

Pesquisar

Pesquisar no Blog

Últimos comentários

  • João Gonçalves

    Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...

  • s o s

    obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...

  • Anónimo

    Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...

  • Felgueiras

    Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...

  • Octávio dos Santos

    Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...

Os livros

Sobre o autor

foto do autor