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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU
«Começando a ser evidente que Sarkozy sofre da doença bipolar [nota pessoal: ainda não "desisti" de Sarkozy], é muito possível que Villepin, um fiel partidário de Chirac, seja candidato à Presidência da República nas próximas eleições em 2012, e até que as ganhe, caso o candidato socialista volte a ser aquela galinha cacarejante que dá pelo nome de Ségòlene Royal.»

Do Médio Oriente e afins

A "ESQUERDA MODERNA"

João Gonçalves 28 Mai 07


O sr. Zapatero - o campeão das paridades e do sexualmente correcto até nos concurso televisivos - levou uma sova nas "municipais" espanholas. Não porque o seu PSOE tivesse perdido muito e o PP ganho estrondosamente. Em Madrid, sim, o PP arrasou o sr. Zapatero e, no país, ficou à frente com apenas quase 200 mil votos. Levou uma sova porque o sr. Zapatero decidiu "mudar" a sociedade espanhola como se muda de camisa à conta do "correcto". Ora o "correcto", sendo muito bonito e colorido, e servindo para colar o rótulo de modernaço, não muda a essência das coisas. Zapatero, afinal, e apesar dos adereços, era demasiado pequeno para tamanha chinela. Como no resto, aliás, não se tem distinguido por manter os níveis de adrenalina política e de crescimento a que a Espanha estava habituada com o PP do inspector de finanças Aznar. A estupidez final deste deu o poder de bandeja a Zapatero que, coitado, quis ser um "socialista do século XXI", moderno, como eles dizem. Nós também temos um destes da "esquerda moderna" e é o que se vê. Aos poucos, a "esquerda moderna" que começou em Blair começa a mostrar o que vale. Sem os alicerces e a biografia que davam vigor à "antiga", esta "esquerda", na hora da verdade, pouco mais vale que uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma. Cá não será diferente.

O SACO DE GATOS

João Gonçalves 7 Mai 07

Não deixará de ser interessante poder acompanhar as "opiniões" e os "comentários" daqueles que, durante as presidenciais francesas, nos nossos jornais e nas nossas televisões, se babaram de gozo perante a emergência da "esperança" Ségolène. Agora vão "puxar" pelos seus 47% para as legislativas de Junho. Não vale a pena. O PS francês, um verdadeiro saco de gatos, já começou a espernear contra a terceira derrota consecutiva na corrida ao Eliseu. Bastou ouvir os seus vários lugares-tenentes ontem à noite. A sra. Royal tem uma região onde mandar. Deve ficar por lá.

DO OPTIMISMO

João Gonçalves 6 Mai 07

Com a saída de cena - será que é desta?- do trapaceiro* Blair, a "nova esquerda" - de que ele é pai espiritual e sorriso pepsodent - precisa urgentemente de uma nova "referência" e de outra fachada. Foi buscá-la à também sorridente e inócua Ségolène que tem propiciado as prosas mais abjectas e sectárias nos nossos "jornais de referência". Todos os "correspondentes" em Paris, e um ou outro "comentador" ou "editorialista", agarram-se à sra. Royal como gato a bofe requentado. Blair e o seu infeliz cortejo de admiradores europeus - com o untuoso Guterres à cabeça - precipitaram a Europa no descrédito. Como bom hipócrita*, Blair fez a ponte com os EUA por causa do Iraque, com os resultados conhecidos. Nem assim os "optimistas" deixaram de nutrir pelo aberrante homem a ternura que, na versão deles, distingue a "direita" da "esquerda". Hoje pode ser o primeiro dia da varridela geral que, mais cedo do que tarde, deverá ser dada nestes farsantes do optimismo antropológico e maîtres-penseurs que nos "governam" por esse mundo fora.

*Termos recolhidos do excelente retrato do "Tony" feito por Vasco Pulido Valente no Público. "O sentimento, como qualquer adulto sabe, é o pai da mentira. E Blair, o adorável "Tony", mentiu sempre: deliberadamente, calculadamente, ininterruptamente. Os spin doctors fabricavam a emoção e abafavam a verdade. Ele próprio representava a inocência e a virtude, enquanto o caos crescia no Serviço Nacional de Saúde, na administração local e no ensino, ou o partido ia trocando títulos (de nobreza, claro) por dinheiro, ou na porta ao lado se preparava uma guerra com informação falsa e uma demagogia apocalíptica. "Tony", o querido "Tony", de que hoje nos despedimos, não passava de um hipócrita e de um trapaceiro."

OS IDOS DE MAIO-2

João Gonçalves 5 Mai 07

As nossas televisões têm feito uma cobertura perfeitamente idiota e sectária das eleições francesas. Sarkozy aparece nas tv's nacionais como um proto-facínora chauvinista. Até parece que a sra. Royal prestou alguma atenção aos emigrantes e eleitores de origem portuguesa. Não prestou nenhuma, mas é quase uma heroína nacional. Não aprendem nada.

SARKO

João Gonçalves 2 Mai 07

Ao ouvir e ao ver Ségolène Royal fiquei com a sensação de um recuo entre dez a doze anos políticos. A senhora pareceu-me uma mistura de Guterres e de Blair dos primeiros tempos. A mesma "paixão" pela educação, a mesma obsessão pactícia, a mesma frivolidade inconsequente. Ségolène terminou pedindo uma presidência "imaginativa". Não resistiu ao cliché sexista e comparou-se à senhora Merkl. Para além disso, e no que nos interessa, defende outro referendo à constituição europeia e hesita sobre a adesão da Turquia à Europa. Ora o que menos falta faz à Europa é mais uma voluntarista com ar de chefe de banda do "exército de salvação". Para isso já há que chegue.

DEBATE

João Gonçalves 2 Mai 07


Sarkozy-Ségolène, em directo, aqui.

ROYAL, DE PUDIM

João Gonçalves 1 Mai 07

O Diário de Notícias tem lá um tal de Ferreira Fernandes que escreve em quase todas as páginas. Parece que o mandaram a França para a cobertura das presidenciais, mas ele apenas está interessado em "cobrir" a Sra. Royal. Mais. Os textos dos outros "enviados" ressumam anti-sarkosismo primário por todas as entrelinhas. Já a RTP é mais ou menos a mesma coisa. Respeito que os oficiosos do nosso regime prefiram a ersatz francesa do pretty boy. Respeito mas não a impinjam como se fossemos atrasadinhos mentais.

SÉGOLÈNE AU PORTUGAL

João Gonçalves 29 Abr 07


Vi, na RTP "segolenizada" (porque existe a RTP-Internacional), a Mme. Ségolène, la vraie, sentadinha com o sr. Bayrou, o "centrista" das presidenciais francesas que ficou fora do debate de 6 de Maio. Nós também temos uma dupla parecida, respectivamente o homólogo socialista da Mme Ségolène (em todos os sentidos) e o dr. Lázaro-Portas. Como Bayrou domingo passado, Portas não resistiu à banalidade do "nada ficará como dantes". Como Bayrou - que, apesar de tudo, sempre vale uns milhões votos - Portas quer insinuar-se junto do homólogo da Mme. Royal para o que der e vier, ignorando olimpicamente os "seus". Como ela e como Bayrou, não lhes serve de nada o exercício. Sarkozy já disse que Bayrou "não se parece com o homem que conhece há 20 anos". Portas, o dos abracinhos ao "colega" Pina Moura, também não se parece nada com o que eu conheço há vinte e quatro.

MME. PUDIM

João Gonçalves 24 Abr 07


Simpatizo muito com a independência de espírito destes amigos "esquerdinos" bem como com o Eduardo. Todavia, custa-me a entender como é que conseguem "ver" na Sra. Royal o que quer que seja. No domingo à noite, a mulher levou horas até intervir e apareceu, não com o ar de quem ia à 2ª volta, mas com o ar de quem estava a "Alka Seltzer". A mulher não aguenta um debate com ela mesma, quanto mais com o colérico Sarkozy. Faz apenas jus ao pudim com o mesmo nome.

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