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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

Ter em conta

João Gonçalves 28 Jun 13

 

Estive com o ministro da Economia na "universidade de Verão" do Partido Popular Europeu, no Porto, cujos principais anfitriões foram os eurodeputados Paulo Rangel e Nuno Melo. Falei um pouco com o Paulo Rangel com quem não estava há algum tempo. O Paulo protagonizou, como cabeça de lista do PSD nas "europeias" de 2009, um grande momento político para o centro-direita e para a social-democracia doméstica em pleno "socratismo". Foi igualmente um excelente líder parlamentar. É agora um eurodeputado competente, empenhado e cosmopolita. Por junto, trata-se indisputavelmente de um político nacional que vale a pena ter em conta. Talvez, para já, de novo nas "europeias" da Primavera que vem.

 

Foto: Público

A Europa enquanto falha

João Gonçalves 3 Nov 12

 

O Expresso traz uma entrevista com o eurodeputado Paulo Rangel cuja perspicácia e oportunidade políticas devem ser relevadas no meio de tanto barulho tão inútil quanto superficial. Pouca gente consegue verbalizar (talvez porque não quer pensar nisso a sério) que o nosso "problema" só tem solução no quadro europeu, num maior envolvimento europeu de Portugal e numa "refundação" da Europa, menos no sentido do "financismo" e mais num trilho claramente político. A não ser assim, a "Europa" só pode ser declinada com aspas enquanto aguardar bovinamente o desfecho, a quase um ano de vista, das eleições alemãs, sob o olhar sobranceiro da chanceler Merkel. A Comissão, neste contexto, é ornamental, tal como o presidente do Conselho Europeu (a função exclusiva dele parece ser a de distribuir apertos de mão à entrada dos Conselhos) ou aquela aristocrata inglesa que passa por ministra dos negócios estrangeiros da UE e a quem, muito adequadamente, ninguém presta a menor atenção. No meio deste torpor explosivo, o eurodeputado Paulo Rangel coloca hipóteses certeiras. «Há uma falha europeia. E a falha portuguesa é não reconhecer a falha europeia. Mas penso que o PM percebeu e quer usar este consenso com o PS para melhorar o nosso ajustamento. (...) A médio prazo é o programa no seu todo que deve ser reequacionado - refundado, para usar a expressão em voga -, talvez num quadro europeu mais geral. Em concreto, a baixa gradual dos juros, a utilização dos 6 ou 7 milhões não usados com a banca (custear indemnizações de funcionários que saiam), a não contabilização de certas despesas para o défice, um programa para o crescimento. Isto corre tudo com a Europa em movimento. Mas não temos de ficar à espera. Em termos europeus há muito a fazer e devíamos estar a fazer diplomacia em força. (...) A credibilidade do PM na Europa é excepcional e inquestionável. Penso é que é importante que ele comunique mais o que faz. O facto de estarmos resgatados não nos deve inibir de ter uma visão sobre a Europa e o futuro. Isto é um resgate... mas é só um resgate. (...) Temos tido uma redução económico-financeira do discurso político que é negativa. Mas não é só em Portugal, é em toda a Europa e essa é a verdadeiraa vitória de Marx: a ideia de que o económico-financeiro esá primeiro e determina tudo o resto. Eu continuo a não acreditar no abcesso económico.» Estamos de acordo.

Uma entrevista sensata

João Gonçalves 23 Set 12

 

No meio do barulho, vale a pena ler/ouvir a entrevista de Paulo Rangel no Público de domingo. Não há nada que ele diga que não releve do mais elementar bom senso. «No fundo, cada país tem os regimes que merece. Os portugueses indignam-se de quando em vez, mas demitem-se da sua participação diária muitas vezes. Olhe, poderiam não ter caído na ilusão do eng.º Sócrates em 2009. Que tenham caído em 2005, acho normal; que caíssem em 2009 não acho. As pessoas já tinham muito a noção que viviam a crédito, já tinham experiência democrática suficiente para perceberem tudo o que estava em jogo.»

MEMORIAL, 7

João Gonçalves 13 Mar 10

A palavra: dessocratização.

INTENDÊNCIA

João Gonçalves 26 Fev 10


O blogue da candidatura de Paulo Rangel à presidência do PSD e o site oficial.

A CONTÍNUA TRANSFORMAÇÃO DE TUDO

João Gonçalves 22 Fev 10


Parece que está pronta para aparecer nos jornais uma "carta de renúncia" de Paulo Rangel à militância no CDS escrita noutra encarnação. O objectivo é dos livros e sumariamente primário - o homem não poderia ter dito que não se lembrava. Fernando Pessoa, numa "crónica do tempo que passa", de 1915, responde à "problemática" melhor do que qualquer apressado moralista de arquivo. «Recentemente, entre a poeira de algumas campanhas políticas, tomou de novo relevo aquele grosseiro hábito de polemista que consiste em levar a mal a uma criatura que ela mude de partido, uma ou mais vezes, ou que se contradiga, frequentemente. A gente inferior que usa opiniões continua a empregar esse argumento como se ele fosse depreciativo. Talvez não seja tarde para estabelecer, sobre tão delicado assunto do trato intelectual, a verdadeira atitude científica. Se há facto estranho e inexplicável é que uma criatura de inteligência e sensibilidade se mantenha sempre sentada sobre a mesma opinião, sempre coerente consigo própria. A contínua transformação de tudo dá-se também no nosso corpo, e dá-se no nosso cérebro consequentemente. Como então, senão por doença, cair e reincidir na anormalidade de querer pensar hoje a mesma coisa que se pensou ontem, quando não só o cérebro de hoje já não é o de ontem, mas nem sequer o dia de hoje é o de ontem? Ser coerente é uma doença, um atavismo, talvez; data de antepassados animais em cujo estádio de evolução tal desgraça seria natural.»

APARAR ARESTAS

João Gonçalves 21 Fev 10

Esta entrevista de Rangel revela alguma vaidade sobranceira que conviria entretanto limar. Rangel é, de longe, o candidato politicamente mais bem preparado para tomar conta do PSD agora. «Não entrar em consensos moles se for líder do PSD» é um lema poderoso que deve ser desenvolvido sem recurso a narcisismos retóricos ou a auto-justificações desnecessárias. Cela va de soi.

O GALO QUE AGITA AS CAPOEIRAS

João Gonçalves 13 Fev 10


«A política não é um espaço de amizades; e Aguiar-Branco, o mais fraco dos três [candidatos à presidência do PSD], devia ponderar a sério se os objectivos do partido (derrotar o PS) não serão mais importantes do que os seus próprios interesses (liderar o PSD). Até porque Rangel, mais do que Aguiar-Branco, pode ser o homem certo para essa tarefa incerta: inteligente, temerário, mediaticamente apelativo e com o escalpe do dr. Vital Moreira à cintura, Rangel é o único candidato dos três que põe o PS a espumar. Nestas questões, convém apostar no galo que agita as capoeiras.»

João Pereira Coutinho, CM

UM TRIO E UM LÍDER

João Gonçalves 12 Fev 10

Entretanto o PSD tem mais um candidato, um tipo de boas famílias do Porto que pretende vagamente "unir", essa palavra nula em política. O país não o conhece de lado nenhum. Conhece moderadamente Passos Coelho. E, dos três, só confiou em Paulo Rangel, há pouco tempo, para vencer o PS em eleições. Há algum motivo para o PSD, primeiro, e para o país, depois, deixar de confiar nele?

A IDEOLOGIA E A REALIDADE

João Gonçalves 11 Fev 10

Medeiros Ferreira: imagino que a última coisa que interessa a um país em estado de miséria instintual seja discutir "ideologias". Para além disso pouco importa que o gato seja branco ou preto desde que apanhe o rato. E nem é peciso ser chinês para lá chegar. Basta, como ontem foi dito por Rangel, romper.

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