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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 26 Jul 14
«O desaparecimento do espírito crítico vem com a frivolização de uma cultura que só procura entreter e divertir, e que se converteu muito mais num espectáculo do que o que tradicionalmente era: pensamento, ideias, uma visão crítica da realidade, da vida e de todas as manifestações das relações humanas. Creio que esse problema – um problema mundial, porque dá-se tanto em países desenvolvidos,como em países subdesenvolvidos – é a maior ameaça à democracia. No passado, a democracia tinha a ameaça do comunismo, do marxismo, de doutrinas totalitárias, mas essas doutrinas caíram por si e não são hoje o perigo maior que tem a cultura democrática. A democracia, o inimigo maior tem-no no seu seio, e é o desaparecimento da cultura enquanto questionamento constante da realidade. (...) Acho que em todas as sociedades há esses heróis discretos que são os verdadeiros heróis. Os da vida quotidiana, não os de uma acção espectacular e passageira, mas donos de uma perseverança e de constância na decência. Numa sociedade marcada por um discreto racismo e por uma discreta indiferença perante os delitos morais, creio que esses heróis discretos são a grande reserva moral que tem um país, mais do que os heróis militares, os heróis épicos.»
João Gonçalves 23 Out 12
João Gonçalves 15 Abr 12
Pela autora de A Roda sou levado a Vargas Llosa. Um pouco por todo o lado, e à conta da crise, assiste-se ao declinar da cultura que, para "facilitar", foi tomada de assalto pelo entretenimento e, nas palavras de Llosa, pela frivolidade. Não devia ser assim. A própria "Europa", através da Comissão, por exemplo, tem chamado a atenção (e muitos estudos internacionais o sublinham) para a importância da cultura no PIB, na economia, na promoção do emprego, na competitividade, na coesão social e, até, no empreendedorismo. Em suma, como um activo, cerne do desenvolvimento humano e da civilização, num mundo imaterial baseado no conhecimento, como a vê (e bem) a Comissão do dr. Barroso. É pena que a Europa do "eixo Merkel/Sarkozy" - tão emblematicamente representado pelo "tratado orçamental" que é uma espécie de versão kitsch do "e tudo o vento levou" - não perceba, ou não queira perceber, esta evidência e se dedique quase em exclusvo à "cultura" unidimensional da pura contabilidade. «Yo creo que sería una tragedia que justamente en una época en que hay un progreso tecnológico, científico, material extraordinario, al mismo tiempo, la cultura vaya a convertirse en un puro entretenimiento, en algo superficial, dejando un vacío que nada puede llenar, porque nada puede reemplazar a la cultura en dar un sentido más profundo, trascendente, espiritual a la vida.» Eu também.
João Gonçalves 1 Set 11
João Gonçalves 2 Mar 11
João Gonçalves 9 Dez 10
Meu Caro,Bons olhos o leiam.O ensaio de Henrique R...
Encontrei um oásis neste dia, que ficará marcado p...
Gosto muito da sua posição. Também gosto de ami...
Não. O Prof. Marcelo tem percorrido este tempo co...
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