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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 21 Abr 13
É como diz a Helena, «os casais literários são uma canseira e uma estranha forma de vida.»
João Gonçalves 27 Jun 10
«Anuncia-se que lhe será atribuído o Grande Colar de Santiago, reservado, por regra, a chefes de Estado. Para fazer esta excepção, é necessário um decreto especial. O acto de investidura é marcado para o Palácio da Ajuda. Estão todas as figuras do Estado e as televisões fazem directos. Vou no meu carro oficial acompanhado de batedores, buscá-lo ao Hotel Altis, onde está hospedado. Sento-me à frente. No banco de trás, Saramago e Pilar gracejam. (...) Pilar é sempre ela - eis a sua força.»
«O prémio Nobel não garante a importância literária de ninguém. Basta ver a longa lista de mediocridades que o receberam. Pior ainda, o prémio Nobel é atribuído muitas vezes por razões de nacionalidade ou pura política, sem relação alguma com a obra, que num determinado ano a Academia Sueca resolveu escolher. Que Saramago fosse o único escritor de língua portuguesa a receber essa mais do que duvidosa distinção não o acrescenta em nada, nem acrescenta em nada a língua portuguesa. Só a patriotice indígena (de resto, interessada) a pode levar a sério e protestar agora indignadamente porque o Presidente da República se recusou a ir ao enterro do homem. Por mais que se diga, e até que se berre, Saramago não era uma glória nacional indiscutida e universalmente venerada.»
João Gonçalves 24 Jun 10
João Gonçalves 19 Jun 10
João Gonçalves 18 Jun 10
João Gonçalves 20 Mar 10
João Gonçalves 25 Out 09
João Gonçalves 23 Out 09
João Gonçalves 22 Out 09
João Gonçalves 21 Out 09
«A arte e os artistas abominam esse “mundo melhor” de que fala Saramago, um mundo sem crueldade e sem vingança, um mundo clean, liofilizado e pasteurizado, uma coisa limpa, inodora e – pasme-se, o pior de tudo – um mundo racional e humano. Este sim, seria o horror dos horrores. Este paraíso da convivialidade, relacionalidade, harmonia e humanidade. Num mundo desses eu não gostaria de viver. Esse é o mundo dos poderes existentes (mas decadentes), o mundo da economia vigente, o mundo desenhado por ricos e poderosos, ou militantes e chefes das instituições poderosas que Saramago se tem especializado recentemente em apoiar: desde os Zapateros aos mais pequeninos Antónios Costas – fique ele com esse mundo que eu quero o mundo sacrificial do humano que deseja ultrapassar ou superar a sua fraca condição (que Georges Bataille, tudo menos católico, muito bem compreendeu!); gosto, sim, e não estou a fazer teatro nietzschiano, gosto do horror divino que inspirou Michelangelo a encarquilhar-se, mais em nome da arte que de Deus (!), durante mais de três anos nos andaimes da Sistina pintando o tecto que hoje celebramos e, evidentemente, Saramago não (impossível celebrá-lo – seria hipócrita se o fizesse). Michelangelo que desmanchou literalmente a sua ossatura vivendo três anos (!!) de ventre para cima com um tecto, uma parede branca e informe, como horizonte a dois ou três palmos da sua testa. Não, não seria o mundo limpo e humano de Saramago que o inspiraria, digo eu que o toscano não passaria um único mês naquela horrível situação de vida em nome desse mundo “humano”. Ora merda para o humano mundo “humano”. Que viva pois a crueldade da espada que Cristo, em Mateus, disse vir trazer à terra (X, 34-37). De facto, Saramago sabe ainda pouco. Quase nada.»
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...