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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

Enfim

João Gonçalves 13 Jul 12

Li no Público que o São Carlos mais a Companhia Nacional de Bailado (juntos naquele trambolho inventado pela dra. Pires de Lima e que se chama, ou chamava, OPART), têm, em 2012, um orçamento de 14,5 milhões de euros dos quais apenas 850 mil euros servem a programação propriamente dita do Teatro lírico e 500 mil a da Companhia. O resto, pelos vistos, é "funcionamento". Em dez anos, sensivelmente, tantos quantos os que passaram sobre a minha curta estadia na direcção do Teatro, pelos vistos pouca coisa mudou. Até a Parpública - que já devia estar extinta há séculos - continua a cobrar a sua rendinha anual de 175 mil euros pelo Teatro Camões como se os equipamentos culturais em causa não fossem todos públicos. Enfim.

O EMBUSTE

João Gonçalves 23 Jul 08


Estamos em Julho. Em qualquer país "médio" da Europa, as temporadas de ópera já estão, de há muito, anunciadas. Por cá, o melhor que a OPART - que gere em conjunto a Companhia Nacional de Bailado e o nosso único teatro de ópera, o São Carlos - consegue anunciar é um eterno "Quebra-Nozes", dançado no palco do S. Carlos, lá para Novembro e Dezembro. De ópera, nem um pio. O dr. Pinto Ribeiro, numa das suas raras intervenções como ministro da cultura, não se mostrou agradado com a OPART, um embuste que serviu apenas para remover Paolo Pinamonti da direcção do Teatro. Está mais do que na hora de tirar daí as devidas ilações.

TUTELA O QUÊ?

João Gonçalves 27 Dez 07


Por falar em mínimo ético, quando foi conhecida a auditoria do Tribunal de Contas à Companhia Nacional de Bailado (CNB) dei conta da minha posição - aqui, aqui e aqui - apenas por ter estado na direcção do Teatro Nacional de São Carlos, agora "fundido" pelos profs. Vieira de Carvalho e Pires de Lima com a CNB, para efeitos de gestão, na OPARTE. Se se confirmar esta notícia, a pessoa em causa devia colocar o lugar que ocupa na OPARTE à disposição da tutela, não por estar condenada em coisa alguma, mas precisamente por um pressuposto ético-político, se é que intui algum. Caso não o faça, espero que a tutela tire as devidas ilações. Afinal, a tutela tutela o quê?

LER OS OUTROS

João Gonçalves 29 Out 07


Sobre a megalomania cultural doméstica - apesar de se referir às artes pictóricas, pode perfeitamente aplicar-se a outras, todas permanentemente entregues aos mesmos mandarins de opereta -, este post do Eduardo Pitta. Na ópera, por exemplo, era bom que os "senhores OPART" (essa sublime invenção do dueto da Ajuda para o São Carlos e para a CNB), antes de começar o circuito infernal da temporada, dessem pública notícia das contas. Das que encontraram e das que vão gerir. É que o contribuinte é sempre o mesmo independentemente do nome da coisa, dos gestores e dos directore artísticos.

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