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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 11 Dez 15
O parlamento aprovou um voto de saudação pela passagem dos quarenta anos do 25 de Novembro de 1975. Não fez mais que a sua obrigação. Sem o 25 de Novembro, ou seja, sem os militares do chamado "grupo dos Nove", sem Costa Gomes (sim, Costa Gomes), sem Mário Soares no plano civil, aquela que é hoje a Assembleia da República teria tido uma "história" bem distinta da que ficou estabelecida. Aliás, os famosos "acordos" de Novembro de 2015, bilateralizados entre o PS, o PC e a extrema-esquerda, só foram possíveis porque houve o 25 de Novembro de 1975. Mesmo assim seis deputados do PS aliaram-se ao PC e à extrema-esquerda contra o voto. O grosso do PS absteve-se envergonhadamente. O que quer dizer que o PS actual convive mal com o seu lastro social-democrata. E que privilegia temores reverenciais perante outros que jamais os terão por ele. O limite para as "convergências objectivas" devia ser o da literacia democrática. Pelos vistos já não é.
Foto: Expresso
João Gonçalves 25 Nov 14
Como escreveu o José Medeiros Ferreira, «havia muita gente escondida debaixo da mesa quando Ramalho Eanes se ergueu contra o medo por dever não administrativo. Fê-lo com serenidade, conta, peso e medida. Não esmagou ninguém com a sua coragem pessoal e política. Muitos heróis só apareceram depois.» Ergueu-se no dia 25 de Novembro de 1975. Para as pessoas da minha geração, Eanes é o exemplo do patriota não patrioteiro, do homem e do militar decente, austero e firme, sem nunca deixar de ser afectivo, corajoso, moral e fisicamente, de alguém que sempre deu mais ao país sem nunca esperar que o país lhe devolvesse o que quer que fosse a título de gratidão ou prebenda. Nunca se exibiu no fogo fátuo onde tantos, antes e depois de ele, se imolaram sem regresso ou grandeza. Foi contra ele, aliás, que os partidos ditos do "arco da governação" esquadrinharam os parcos poderes presidenciais que estão presentemente na Constituição - e que o incumbente tem feito quase tudo para os tornar ainda mais espúrios e facultativos com a sua presidência minimalista - dos quais já só falta retirar o poder à soberania popular para escolher, de forma directa e universal, o Chefe do Estado. Eanes não criou em torno de si uma hagiografia patética e sectária nem se declinou "pai da pátria" quando teve todas as condições para o fazer entre 1976 e 1983. Em 1976, aquando da campanha que o elegeu livremente o primeiro Presidente da República depois do "25 de Abril", Sophia de Mello Breyner acompanhou-o numa acção nos Açores. Quando chegaram a São Miguel, tinham à espera uma meia dúzia de provocadores separatistas. Em O Jornal, Sophia referiu a coragem com que Eanes avançou sozinho em direcção aos ditos separatistas e lhes lançou, calando-os: quem vos pagou? E escreveu que Portugal precisava de alguém como Eanes para viver a liberdade com coragem e austeridade. Alguém que, como diz um verso seu, deposite em cada gesto "solenidade e risco".
João Gonçalves 25 Nov 13
João Gonçalves 20 Nov 12
João Gonçalves 25 Nov 11
João Gonçalves 25 Nov 09
João Gonçalves 25 Nov 09
João Gonçalves 17 Abr 09
João Gonçalves 5 Abr 09
João Gonçalves 25 Jan 09
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...