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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 25 Set 22
Um momento da história bem conhecido, desta vez contado pelo outro lado, do qual falei oportunamente, na revista "Ler", quando o livro saiu. Todavia, descontando o passado do narrador, o bom do livro (que é de génio) é prover-nos com um narrador que é, afinal, o homem médio contemporâneo. Não, não somos todos nazis disfarçados de bons chefes de famílias numerosas ou monoparentais. O extremismo dominante agora é outro, como se apreende lendo nomeadamente "A democracia no seu momento apocalíptico", de Manuel Maria Carrilho, a ser lançado na próxima quarta-feira em Lisboa. É o extremismo de centro que trivializou distinções e liquidou a intransigência libertadora, com a rápida ascensão do pior individualismo societário em todos os níveis da actividade humana, a do indivíduo e a colectiva. Tudo se dilui na multidão indiferenciada de homens médios para quem tudo, salvo as funções vitais como comer ou evacuar, é facultativo porque ilimitado. O narrador foi um convicto abjecto, mas converteu-se a uma "aurae mediocritas" que fez durar a sociedade contemporânea sem grandes oscilações até à pandemia e a esta guerra. Dificilmente Littell escreverá outra coisa assim. Tão premonitória quanto "ahistórica". A vida anda a imitar demasiado a arte. Não se é bom.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...