Portugal dos Pequeninos © 2003 - 2015 | Powered by SAPO Blogs | Design by Teresa Alves
Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 31 Jul 14
Para quem é "remediado" e, por consequência, não pode isolar-se em piscinas, praias, pradarias e coisas semelhantes em regime estival de apartheid, a convivência com três ou quatro pragas é inevitável. Criancinhas que andam pelo seu próprio pé ou que são transportadas em autênticos autocarros vulgo carrinhos de bebés, jogos de bolas de diversas dimensões, adultos a falar alto uns com os outros e ainda mais alto com as criancinhas raramente em número nunca inferior a duas, carros que circulam em vias pacatas como se andassem numa autoestrada, etc., etc. A estas pragas, por assim dizer, da "loucura normal" do "bom povo português", juntam-se este verão outras duas: o BES e o dr. Costa. O dr. Bento já deve estar arrependido de ter pegado naquilo. E estamos a falar do antigo conceito de "boas famílias". Imagine-se se não fossem. Presumivelmente o tema ainda acabará por passar pela Carregueira. Por sua vez o dr. Costa anda para aí a debitar banalidades atrás de banalidades que parecem tiradas da redacção sobre a vaca que ele escreveu na 3ª classe (isto para lhe dar alguma margem de literacia). Se é com a descrição pueril da vaca que o homem pretende vir a pastorear a pátria, estamos servidos. Para o efeito, aliás, já temos o croupier dr. Passos, a sua monomania anti-trabalhadores do Estado e pensionistas e a "pipa de massa" que o fatal Barroso lhe depôs ontem nos braços diante de uma mini plateia de basbaques. As vespas ao pé destas pragas de verão são verdadeiros animais de trazer por casa.
Adenda: Falta só mencionar os nossos gloriosos MCS. Posso não gostar politicamente de Sócrates mas dou-lhe razão. Uma canalhice é uma canalhice. Não adianta adocicar.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...
Muita gente ainda não pensou nisso mas a família Espírito Santo está simplesmente a ajustar contas com o 25 de Abril.
Esperaram calma e pacientemente quase 40 anos para darem o golpe, entendendo que o valor de alguns milhares de milhões de euros que o Zé povinho vai desembolsar para desenrolar o novelo é mais ou menos o resto do que lhes é devido pela nacionalização dos bens, pela prisão e exílio de alguns elementos da família, pelo começar de novo, em suma, pelos incómodos que tudo isto lhes causou, incluindo a necessidade de andarem disfarçados de democratas, no beija-mão de certas personalidades pouco aristocráticas a quem tinham obrigação de matar a fome, uma vez saídos dos sucessivos governos, e a encherem o cú dos clubes de futebol mais populares com verbas de que tiveram certamente pouco ou nenhum retorno.
A trama foi construída pacientemente, com uma teia de empresas da “famiglia”, usadas para o bem (deles) e para o (nosso) mal, sempre com o rico dinheirinho dos depositantes a servir de alimento aos paraísos fiscais, onde agora, calmamente, o irão buscar.
Usaram a falácia da não necessidade de recapitalização do BES, pois – pudera – o interesse era não serem controlados e continuarem a tecer as malhas em que o tuga vai ser obrigado a pagar.
Tudo isto permitido, como é óbvio, por uma data de gente, pobrezinha mas corrupta, alcandroada no poder durante décadas, que, por interesse, desleixo, ignorância, ou até soberba pensaram que as "boas famílias" de que fala o João Gonçalves esquecem o que lhes fizeram e até dão a outra face, por obra e graça do "espírito santo".
Agora – dirão eles, em discretas reuniões familiares (não se mostram à plebe) - o país, que já está teso como um carapau, que fique com milhares de pessoas que vão necessariamente sair, das empresas falidas, com uma mão atrás e outra à frente e com o cadáver de um banco nos braços, até porque o negócio bancário já não é o que já foi, no tempo em que pagavam menos percentagem de IRC que um gajo que tenha um distribuição de pão, numa carrinha a cair de podre.
Sinceramente não posso criticar quando a coisa é feita com requinte; tenho que lhes tirar o chapéu; o culpado é sempre o idiota que deixa, não o que faz.
Que sirva de lição aos jovens, que a malta da minha geração não aprende nunca.