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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 28 Abr 14
A 25 de Abril deste ano, o primeiro-ministro, ladeado pelo inexistente secretário de Estado do desporto e da juventude e pelo inventor deste, o simpático dr. Marques Guedes, recebeu em São Bento, para almoço e paleio de circunstância, uns quantos "representantes" da referida juventude. Precocemente envelhecidos pelo "peso" das "academias" e "clubes" a que pertencem, os rapazinhos e as meninas ouviram, paciente e respeitosamente, o "pensamento" do dr. Passos sobre o evento que se comemorava nesse dia. A horticultura serviu-lhe de inspiração - falou em "regar" umas coisas - à semelhança da bacterologia por causa de uma alusão ao "bafio". Passaram três dias e, de facto, o cheiro a bafio voltou a impôr-se ao quotidiano governativo com um leve toque, assaz demagógico, de gás de botija. Voltaram o "DEO", o dr. Mota Soares e a sua fulgurante "sensibilidade social", o "verde" anunciador eng.º Moreira da Silva, as "limpas e as sujas" e a "responsabilidade orçamental" que é um eufemismo para "austeridade", inventado à pressa pelo dr. Rangel, para tentar evitar maiores estragos na sua infelicíssima e bafienta "aliança Portugal". Mas, como escreve o Luís Rosa, «pior do que o eleitoralismo das medidas anunciadas é a inconsistência do discurso do primeiro-ministro. Não pode dizer numa semana que a “austeridade vai continuar” e descer os preços da luz e do gás na semana seguinte. Não pode querer aumentar o salário mínimo a poucas semanas das eleições, quando há pouco tempo rejeitava tal ideia, e pensar que o eleitorado vai a correr premiá-lo (...). O desagravamento fiscal generalizado é a principal medida que a base social de apoio da maioria espera do governo de Passos Coelho. Os cortes na despesa pública (muitos dos quais continuam por fazer) só assim têm lógica. Mas três anos após o início da austeridade a pergunta que resta é: a maioria ainda tem uma base social de apoio? Há dois grupos que Passos Coelho conseguiu alienar e que não voltarão a votar tão cedo no PSD: reformados e funcionários públicos. As medidas que incidiram sobre estes grupos essenciais padecem de um problema comum: a forma como foram apresentadas e aplicadas. Tendo em conta o peso que as pensões e os salários da função pública têm na despesa do Estado seria impossível não mexer nesses items, mas a forma atabalhoada que caracteriza a acção de Passos Coelho estragou tudo. A substituição da Contribuição Extraordinária de Solidariedade e a tabela única salarial na função pública, medidas que devem ser conhecidas esta semana, só vão agravar a relação desses grupos com o governo. Os restantes cidadãos de classe média ainda não têm razões para voltarem a votar na maioria. Veja-se o caso das tarifas sociais da luz e do gás. A descida não se aplica à classe média. Pelo contrário, os preços da luz vão continuar a subir para estes cidadãos a propósito do défice tarifário. Passos Coelho sempre pensou que os primeiro sinais positivos macro-económicos que se têm vindo a repetir desde o final do ano passado fariam com que fosse premiado pelo eleitorado. Está enganado.» O dr. Rangel lamentavelmente também.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...
Era isto que me dava gozo fazer no acto eleitoral: deixar o PSD a salivar por um voto que jamais verá, sentindo-o esvair-se entre os dedos.
Não será possível, jamais o verá, nem ao longe. Nem o de muitas centenas de milhares de pessoas, assim Deus nos ajude.