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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

 

Só conheci Passos Coelho a uns meses de ele ganhar as eleições de Junho de 2011. Falei com ele duas vezes e só o reencontrei como primeiro-ministro, em São Bento, quando se preparava o programa do XIX Governo. Apesar de estar fora do PSD vai para dez anos, nunca me passou pela cabeça "apoiá-lo" por aqui como presidente do partido. Todavia, era ele quem estava em funções naquele mês de Junho e, por consequência, a "mudança" (neste caso de Sócrates) só podia passar por ele. Estive no último congresso do PSD, em 2012, porque pertencia ao gabinete do então ministro adjunto Miguel Relvas mas saí cedo. Aliás, Relvas começou a "deixar" o PSD e o governo nesse congresso ou, mais adequadamente, a ser "remodelável" a partir daí. Basta atentar em quem e no que se seguiu. Na realidade, Passos Coelho nunca me interessou especialmente a não ser na circunstância e no momento em que a sua "normalidade" me pareceu mais adequada para remover o "feroz" Sócrates então já exaurido. No congresso de 2012, recordo-me de a sua "moção" ter passado pela leitura de alguns assessores políticos antes de ser divulgada. Imagino que o ghost writer de 2014 seja, no essencial, o mesmo de 2012, o meu querido amigo Miguel Morgado, salvo nas "partes" mais "partidárias" e "tácticas". E desta nova moção, o que é que se retira? Desde logo que é Passos quem "domina" o  futuro da pátria no médio e, mesmo, no longo prazo. Ele veio para ficar, como o Toyota, e para nos "orientar" no pós-troika mesmo sem ter qualquer certeza do que isto será e como, salvo no que diz respeito ao puxar "liberal" da vida das pessoas para baixo e de meia dúzia de duvidosas abstracções, também "liberais", para cima. Praticamente exige ao PS que se comprometa aí por alturas de Abril na sopa turva de um "consenso" para a tal coisa indefinida que ele, Passos, quando entender (ou souber) explicará. Está-se mesmo a ver o PS, a escassas semanas das eleições europeias, a posar para o retrato com os drs. Passos e Portas. Isso permitirá inverter imediatamente o discurso por forma a apontar o dedo ao renitente PS que não se dispõe a "colaborar", e passar adiante. Porque Passos, o peticionário, continua inflexível no seu "amanhã" que ele não faz tenções que acabe em 2015. Toda a moção dá, aliás, de barato que o país não se "salva" sem o concurso da promessa da  "nova normalidade" do recandidato a presidente do PSD e, até, a "presidente" do próximo Presidente da República. Qual Zorro, quase que passa incólume pelo ano em curso, por 2015 e por 2016. Com tanto marialvismo político, oxalá não tropece.

4 comentários

De Kung Fu de Campos a 18.01.2014 às 21:17

Tropeçará, thank's God.
Mas a vergonha que deixa semeada esmaga qualquer pessoa de bem, como Eanes ou Guterres, por exemplo.
Este homem é um pesadelo e é mais destruidor que a formiga branca.
À minha beira um tipo com bem mais de 80 anos, reformado de uma empresa pública com uma pensão de cerca de 600 euros e um complemento de pensão de cerca de 100 pago pela empresa,
Complemento que foi eliminado, em nome do orçamento. Assim, sem papel, sem palavra, sem nada. Provavelmente, com uma folha Excel, se soubesse o que é.
Como explicar?
E como entender?
E assim o país se tornou afrontoso, insultuoso, um país de décimo quinto mundo.
Um país que precisa de um Zorro, ainda que na versão António Banderas.
Desde que traga espada ou espingarda.
Mas das de verdade!

De Pedro a 19.01.2014 às 12:35

O nosso amanhã visto no presente irlandês:

http://www.nytimes.com/2014/01/11/opinion/irelands-rebound-is-european-blarney.html?src=me&ref=general&_r=0

De PALAVROSSAVRVS REX a 19.01.2014 às 12:45

Depois de ter lido tudo, mas mesmo tudo, acerca de Salazar, Passos quer ser a Síntese e o Upgrade do melhor que chegou a haver na versão original. Um Novo Salazar é possível, um Consensual e Absoluto Salazar, alguém a quem a Nação possa estar grata pelas décadas deste século. Acho muito mais lindo termos um NeoSsalazar em democracia.

De rui a 19.01.2014 às 21:04

Moção de Miguel Morgado mais uma ou outra pincelada de José Matos Correia.

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