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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

RESPONSABILIDADES

João Gonçalves 10 Jan 10

Paulo Rangel afirma que o PSD deve estar à altura das suas responsabilidades. Convinha ao PSD que o dr. Rangel estivesse à altura das suas - aqui - em vez de andar enfiado em respeitáveis mas obscuras comissões do PE por mais "responsável" que esse trabalho seja. Afinal, é do país que se "cresce" lá para fora e não o contrário.

A REVELAÇÃO DE 2009

João Gonçalves 2 Jan 10

Paulo Rangel.

UM POLÍTICO DECENTE

João Gonçalves 29 Out 09


A política portuguesa tem pouca gente decente. Paulo Rangel - que deu ao PSD uma vitória eleitoral e que o tentou prestigiar enquanto líder parlamentar - é uma delas. Honrou o compromisso com o eleitorado que votou nele nas europeias contrariamente ao que sucedeu com uns quantos sacripantas que trocaram, sem hesitar, lugares eleitos por lugares escolhidos pelo chefe para eles. Descreveu na perfeição essa criatura que faz da sua obsessão com a presidência do PSD uma espécie de contrato por tempo indeterminado com gente indeterminada apesar do saco de aspirador que possui no lugar da cabeça. E reservou-se - isto digo eu que desejo essa reserva - para um tempo mais dele e dele com o país. Gosto de poucas pessoas. Gosto do Rangel.

WELCOME TO ELSINORE

João Gonçalves 25 Ago 09


Paulo Rangel reapareceu, finalmente, depois da eleição europeia. Rangel adquiriu ali um peso político próprio e uma legitimidade que deve agora usar a favor da remoção democrática do poder absolutista do PS a 27 de Setembro. É dos melhores políticos da sua geração e isso não pode ser usado apenas em Bruxelas. E gostei de o ver na Sic-Notícias a comentar o artigo de Soares no DN como um gesto de "marialvismo político" ("geoestratégico", acrescento eu, à conta da pena do mencionado Soares) a fazer lembrar aquela delicado mimo da "dona de casa" que foi eleita presidente do Parlamento Europeu em vez dele. Welcome to Elsinore, Paulo.

POLÍTICA FUNGÍVEL

João Gonçalves 18 Jun 09


A D. Elisa Ferreira, num acto de comovida generosidade, "prometeu" aos portuenses que renuncia aos "dourados" (sic) de Bruxelas se for eleita presidente da Câmara. Felizmente a D. Elisa levará a maior sova eleitoral de que haverá memória na "cidade surpreendente", algo que fará rir às escâncaras o próprio Fernando Gomes, a "primeira vítima" de Rui Rio. Aliás, esta candidatura politicamente pornográfica não merece outro destino. Pensei que Elisa Ferreira ainda era das poucas da "esquerda moderna" com fibra e vergonha na cara. Infelizmente este rude oportunismo revela que Elisa não percebeu os eleitores de 7 de Junho e que mantém, indemne, o mesmo desrespeito que revelou por eles nas europeias. Dito isto, também me pareceu despropositada a declaração de Paulo Rangel no sentido de poder "regressar" para um eventual governo do PSD depois de uma vitória merecida contra o referido desrespeito pelos eleitores. Não havia necessidade.

Foto: Cidade Surpreendente

RANGEL

João Gonçalves 7 Jun 09


Como bem diz Rangel, os partidos no governo que são do PPE ganharam. Os que são socialistas, perderam. Ou seja, não houve governos só, ou sobretudo, castigados. O admirável líder, sim, foi castigado. Meta explicador. Parabéns, Paulo.

PARA LER NO «DIA DE REFLEXÃO»

João Gonçalves 6 Jun 09


Para além do livro do João Pedro George ou do dali à direita, o ridículo "dia de reflexão" pode ser passado a ler o da foto acima. O autor é uma excelente surpresa.

TACO-A-TACO

João Gonçalves 5 Jun 09


Manuela Ferreira Leite é já, em certo sentido, uma vencedora destas eleições europeias mesmo antes de contarem os votinhos. Porquê? Porque não houve cão nem gato que não jurasse pela sua desgraça política imediata (e a consequente interdição), dentro e fora do partido. Acontece que, a 48 horas da eleição, a presidente do PSD disputa, não um mero resultado "honroso", mas a vitória taco-a-taco com o PS, o dono e senhor absoluto do país e do Estado. Recordo que nas "europeias" de 2004, o PS teve mais de 40% dos votos e que, desta vez, ficará não apenas abaixo disso como bem longe dos 45 das legislativas de 2005. Não a subestimem.

Adenda: «Estou a ver na SIC-N um "debate" fantástico: três patetas e Costa Pinto peroram sobre as eleições do próximo domingo, puxando todos, de uma forma ou outra, a brasa à sardinha chucha, com a ajuda do militante cinzentismo da jornalista. Não se percebe como é que Costa Pinto se presta a alinhar com as nulidades Bettencourt e Delgado e o "sondagista" PS Oliveira e Costa. E menos ainda se percebe como é que Balsemão ainda paga a esta gente, que comete a proeza de conseguir sobreviver sem a mínima ideia na cabeça.» (do leitor Álvaro Pais)

Nota: O leitor Álvaro Pais - o país? - ignora, porventura, a natureza da eminência Costa Pinto. O João Pedro George fez-nos o favor de a caracterizar no seu livro "Não é fácil dizer bem" (Tinta da China, 2006, a páginas 118 e seguintes: "António Costa Pinto, O Incessante": «um pensador apalpado pelo génio.»). No fundo, como escrevi um dia, Costa Pinto é um historiador sempre agarrado ao tempo que passa. Como é o PS que está a passar, a quem queria o leitor que a eminência se agarrasse?

Adenda2: «Foi das coisas mais degradantes a que assisti na campanha. Ao mesmo tempo que cal e o impacto no PSD e na líder do PSD, até com citação à razão daquele senhor da concorrência no PSD. Se a 48 horas isto não é marchar ao lado de um partido, vou ali e venho já. Oliveira e Costa até acabou por ser a pessoa que numa determinada fase disse com mais realismo que os resultados são muito incertos e pode variar bastante, como já aconteceu. O que eu vejo é que um empate técnico a 3% de vantagem do PSD se transforma numa enorme vitória com 4% quando o PS vai à frente.» (doutro leitor)

FORA DA QUADRÍCULA

João Gonçalves 27 Mai 09

Há sensivelmente três dias, Paulo Rangel - aliás, já o tinha feito anteriormente - alertou Dias Loureiro para a necessidade de mostrar «desprendimento suficiente para (...) deixar as funções.» É outra das vantagens de Rangel. Está fora da quadrícula.

AS "EUROPEIAS" DOS PEQUENINOS

João Gonçalves 23 Mai 09


Começa hoje, na mais plácida indiferença, a campanha para as "europeias" de 7 de Junho. A única novidade da dita chama-se Paulo Rangel. O resto - que é muito - não interessa ou é ranço. O tandem Vital/Sócrates estreia-se com uma exibição provinciana à altura das personagens. O admirável líder vai ou foi a Espanha abrilhantar uma sessão dessa luminária da esquerda moderna que é o sr. Zapatero e, depois, o sr. Zapatero vai até Coimbra (um "modelo" de modernidade e de progresso) abrilhantar a festa do PS. A D. Ilda, do PC, anda há anos nisto e pura e simplesmente não se pode ouvir. Miguel Portas é um duplo de Louçã - que não dispensa a sua presença nos cartazes à boa maneira da "escola" onde se formou - destinado a retirar (muito apropriadamente) votos ao PS. E Nuno Melo tem de aguentar com a sombra tutelar do Paulo das feiras e dos centros comerciais que não o vai largar a fim de evitar o inevitável: a concentração de votos úteis (nunca o termo foi tão adequado) da não esquerda e do centro-direita em Rangel. Bom dia e boa sorte.

Adenda: Estava isto escrito quando li, em papel, o artigo de José Pacheco Pereira no Público. Não o vou reproduzir na íntegra mas, uma vez que eu fazia parte do «numeroso grupo de autores de blogues [que] foi convidado a ir ao Parlamento Europeu a expensas de deputados (mais do que um) no fim do mandato», apenas duas ou três notas. "Os deputados" às«expensas» dos quais fui a Bruxelas chama-se Carlos Coelho e é o segundo nome da lista de Paulo Rangel em que, presumo, o JPP vai votar se cá estiver no dia 7. Como o JPP foi deputado europeu, imagino que, melhor do que o «numeroso grupo de autores de blogues», sabe como é que, em termos de pura intendência, isso funciona. Depois, essa viagem não alterou um milímetro daquilo que eu penso acerca da Europa, das suas instituições, do seu funcionamento e do "alargamento" o que, uma vez que o JPP comete a gentileza de me ler com frequência, está abundantemente testemunhado por aqui. Mais. Estou bem mais próximo das posições dele - JPP - do que da "língua de pau" consensual sobre a Europa como tive ocasião de afirmar de viva voz, numa noite destas, a Paulo Rangel no Café Nicola. De resto, é como o JPP escreve: «Falta por isso debate e muito. Debate interno, interior, dentro das baias da aceitação do "europeísmo" dominante, pouco me interessa. Debate que tenha a coragem de vir de fora, que diga as verdades que precisam de ser ditas sobre uma Europa que caminha a passos largos para destruir o adquirido comunitário a favor de uma realidade meramente geopolítica sem cabeça para um tronco grande de mais, isso é bem-vindo e faz falta.»

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