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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 6 Mai 14
João Gonçalves 10 Mar 14
O dr. Mota Soares não se preocupa apenas com as carências daqueles que vigia e tutela no governo, como ainda vela metodicamente pelas suas e dos seus ajudantes. Na Praça de Londres, a "aliança Portugal" é levada mais a sério do que no "manifesto dálmatas": nem que seja por causa dos automóveis. Cada vez mais neste país só se aproveita a luz do sol. O resto é praticamente negro.
João Gonçalves 6 Mar 14
Depois da lamentável prestação do senhor PM, ontem, no parlamento, podemos sempre voltar, não a 2011 a que ele sugeriu que nunca mais voltava - fizeram-lhe mal as contas porque muitos dos valores em causa "regressaram", na verdade, ao final dos anos 90, e, de facto, a pagamentos de salários e de prestações sociais em escudos travestidos de euros -, mas a 2010 quando aqui escrevi que Passos Coelho parecia «insensível ao curso da realidade, tal qual uma alforreca perdida com a mudança das marés e das correntes.» Pelos vistos há características que pensávamos que eram provisórias e que, afinal, se revelam definitivas.
João Gonçalves 5 Mar 14
«Milão, 10h30 (hora portuguesa) desta terça-feira, na Micam, a maior feira mundial de calçado, o ministro da Economia, Pires de Lima, fala aos jornalistas após ter visitado algumas das 88 empresas portuguesas presentes no certame. A última questão foi colocada pelo Negócios:
- Senhor ministro, calça Portugal?
- Às vezes calço Portugal - depende, tem dias!
- Isso quer dizer que nem sempre calça sapatos portugueses, certo?
- Todos nós temos a oportunidade de comprar mais português, como é evidente.
- Mas neste momento calça sapatos portugueses? Teve esse cuidado?
João Gonçalves 31 Jan 14
João Gonçalves 2 Jan 14
A contribuição extraordinária de solidariedade não é um imposto extraordinário e, muito menos, especial. Tal com o atum não é um peixe e uma alface nunca chegou a legume. Até Portugal dificilmente será um país a sério. Na verdade, uma coisa qualquer é o que um Humpty Dumpty quiser.
João Gonçalves 31 Dez 13
«Os amigos desaparecem, os telefones desligam-se. Dantes andava-se e esquecia-se. Agora, a vida pára. Repete-se. Um mês é igual ao anterior e ao próximo e ao seguinte. Não acontece nenhuma coisa diferente, só acontecem coisas indiferentes. Por qualquer razão obscura, não se consegue descobrir o sítio onde as coisas acontecem; e elas já não acontecem onde aconteciam (...). Um pequeno pânico instala-se. Ao princípio pensou-se que era um estado passageiro, uma época de azar ou de mau jeito. Mas depois o estado não passa, a sorte não vem e o mau jeito continua. Conta-se com angústia o tempo para trás e, a certa altura, conta-se com terror o tempo que sobra (...). Nestas crises, segundo o costume, as pessoas agarram-se: à família, ao trabalho, às ambições. Reparei que os meus amigos se agarravam. Um a um, consoante a sua natureza, transformaram-se em secretários de Estado, políticos respeitáveis, académicos triunfantes, altos funcionários ou pais extremosos. Vários preferiram a virtude, ideológica ou sexual. Com meritórias excepções, quase todos se encaminharam. Mas precisamente eu não pretendia encaminhar-me (....). Aos trinta, aos quarenta, aos cinquenta anos, distraí-me, por umas horas ou por uns meses. E depois? Quando olhei para mim, estava parecido com eles, com os meus queridos inimigos. Com importância e afabilidade, interesses e respeito. Com um lugar na vida e a ciência de que há lugares na vida. Em veloz movimento e absolutamente inerte (...). As portas que não se abriram ou se fecharam, as vidas que não se viveram, custam cada vez mais a carregar. A privação do que não se quis aumenta, mesmo quando sem a sombra de uma dúvida se tornaria a não querer (...). Fora do corpo, não existe progresso e decadência. Existe apenas adição. Existem parcelas que se juntam: pessoas e palavras, o melhor e o pior e o inominável.»
Vasco Pulido Valente
João Gonçalves 16 Dez 13
João Gonçalves 29 Nov 13
De Gaulle, a propósito de Pétain, afirmou que a velhice é um naufrágio. E acrescentou que, para que nada lhes fosse poupado - a eles, franceses -, ao naufrágio de Pétain juntava-se o naufrágio da França. Com as devidas adaptações, a rápida passagem dos anos aqui, entre nós, é um naufrágio. Nosso e da nação.
João Gonçalves 20 Nov 13
Já aqui tinha referido que a passagem por gabinetes governamentais, fora uma uma ou outra relação amistosa, só me trouxe dissabores. Os detalhes ficam para outra ocasião e sob outra forma menos efémera que um simples blogue. Vi a minha situação profissional diminuída - quando saí para a missão de "elevado interesse público", nos termos legais, exercia uma função de direcção intermédia que, naturalmente e entretanto, "caiu" -, de vez em quando sou insultado no anonimato reinante nos meios imateriais de comunicação e hoje passei pela humilhação de ter de ir questionar a responsável pelo processamento de vencimentos no organismo público onde presto serviço, acerca da razão pela qual, e ao contrário do que aconteceu com todos os meus colegas, não me foi disponibilizado, com o vencimento, o famoso "subsídio de férias". E ainda me foi perguntado delicadamente, é certo, se "não me fazia diferença" se a coisa aparecesse em Dezembro como se fosse esse o ponto. Isto apesar de estar longe de ser rico, de dispor de quaisquer outros "rendimentos" paralelos ou de, sequer, ser "recomendável" de acordo com a cartilha regimental em vigor. Após um quarto de século ao serviço do Estado (a que isto chegou), tenho de subscrever, quase a título de epitáfio, a frase de Jorge de Sena: um burro nasce burro e ao fim de 25 anos não é cavalo.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...