Fernanda Câncio trocou a profissão de jornalista por um desvio de ordem afectiva perfeitamente respeitável. Quem é que nunca asneirou à conta desse nobre sentimento, confundindo tudo e, sobretudo, confundindo-se a si mesmo? A diferença é que, salvo nos momentos de puro paroxismo, a maioria tenta não exibir publicamente as consequências do referido sentimento. Muito menos verter isso em letra de forma. Aliás, as melhores heroínas e os melhores heróis do mencionado desvario, em versão literária, acabaram mal. Karenina, por exemplo, estatelou-se voluntariamente debaixo de uma locomotiva e Julien Sorel terminou, como lhe competia, exangue e executado. Dito isto, não me apetece comentar
este artigo manhoso contra o Chefe de Estado já que a sua autoria material não coincide com a autoria moral. É mais uma espécie de "música" escrita a quatro mãos. E da má. Por isso, reproduzo apenas a opinião de um leitor devidamente identificado que me parece resumir bem a coisa.
«A Sr. D. Câncio "entendeu", desta vez, que era tempo de virar a sua verborreia primária para o Presidente da República. Numa versão pouco sofisticada do personal trainer Vitorino, mas sem qualquer pinta de decência ou escrúpulo intelectual, a Sr.D. Câncio atira-se como uma hiena feroz ao Presidente. Acusando-o, afinal, dos vícios de personalidade da pessoa que defende a toda a hora e a qualquer custo : mentiroso, incoerente, desleal e egoísta. Constatar o insólito e rídiculo da "namorada" do Primeiro-Ministro atacar a mais alta figura da nação deveria levar-nos a sorrir , sobretudo por verificar ao ponto a que este país chegou quando as opiniões da Sra. Câncio vão mais longe que um blog lido por amigos. Todavia, a questão merece um olhar mais atento porque a Sr. D. Câncio representa, na sua essência, mais uma emanação da mão negra de serviço do governo de Sócrates, a qual que não hesita em intimidar, desqualificar e censurar qualquer voz que se atravesse no seu caminho e se oponha à obra do Querido Líder. Desta vez calhou na rifa ao Presidente a desdita trauliteira, pela ousadia de, mais uma vez, chamar a atenção para os prejuízos das políticas das estatísticas e os custos para o Estado dos negócios com os empresários "amigos" do governo. À semelhança de outros acólitos que compõem a clique com assento nos meios de comunicação social, Câncio é um clone do Querido Líder, criada à imagem e semelhança dos seus valores, promovida a toda a velocidade e disponível para fazer o trabalhinho sujo. "Jornalismo de sarjeta"? Ora ei-lo. Tem a Sra. D. Câncio direito a expressar a sua opinião? Sem dúvida. É exactamente assim que ela defende as causas "fracturantes". Com baixo nível, intolerância e um profundo desprezo por todos que não perfilham o que não foi criado à semelhança das suas "convicções". Ironicamente, Câncio e Sócrates, grandes defensores das minorias são, afinal, grandes racistas.»