
Não obstante não tugirem nem mugirem sobre o "líder máximo" cubano - um ícone "revolucionário" que Gabriel Garcia Marquez, na sua eterna inconsequência política, espera que atinja "cem anos de ditadura" - que dá chama a um regime fascisto-"intelectual", mesmo na sua condição de animal moribundo, esperam-se por aí graves indignações retroactivas
se, por acaso, desta vez Pinochet morrer. Entre mortos, feridos e desaparecidos, Pinochet permitiu que o Chile fosse o que é hoje numa depauperada América Latina. Quando largou tudo, berrou às tropas: "missão cumprida". Tinha razão.
Adenda:
O Tomás, em breves linhas, explica que a democracia é congénita da história política do Chile, apenas interrompida pelos "anos Pinochet". Pelos "anos Pinochet" e pelo desvario do voluntarista Allende que inspirou a "fase bigode" de António Guterres, acrescento eu. Uma coisa sucede à outra. Falo apenas de crescimento económico e não do regime. E quanto à "missão cumprida", não se leia o que lá não está, um elogio ao ditador. Para ele, sim, é um auto-elogio. Tinha efectivamente cumprido o que a si mesmo se propusera.