Não fui lá nem apoiei as manifestações de ontem. Mas concordo com o
José Manuel Fernandes uma vez a coisa passada e depois do "momento conselheiro Acácio de iPad na mão" do
J. Pacheco Pereira, agora quase tão empenhado em "segurar" o regime como o seu "colega" Costa, da
sicn. «
Desceu à rua um Portugal farto de tudo isto. Farto por boas e más razões, mas sobretudo farto. Desceu à rua um Portugal que quis fazer qualquer coisa, mesmo que não saiba muito bem como as coisas podem ser diferentes. Desceu à rua um país inorgânico mas, no essencial, ordeiro e respeitador da democracia. Desceu à rua um Portugal algo desesperado mas não revolucionário. Desceu à rua um Portugal que gostou de verificar que não está totalmente alheado da coisa pública. (...) JPP, que também faz parte da “classe política”, também entendeu seleccionar umas fotografias em que alguns manifestantes empunham cartazes contra os políticos, talvez para provar a sua tese sobre o carácter anti-democrático da manifestação. É uma selecção tão ridiculamente lateral que só pode ser contraproducente e ter como efeito que os que poderiam ouvir JPP passem a mudar de canal quando ele aparecer a falar. Para além de que não é honesto – acho mesmo intelectualmente desonesto fazê-lo depois daquilo a que assistimos ontem – querer fazer querer que o imenso “basta” de ontem se dirige contra a democracia. Para vacuidades e preconceitos já basta o Miguel Sousa Tavares e o Mário Soares.»
os pobres, os miseráveis
não se enquadavam no esquema. cheiram mal.
não tem aparelhagem sofisticada
nem dinheiro para o transporte.
comem dia não, dia não