A OPART "atacou" de novo. Desta vez para "apresentar" a temporada de ópera. Apanhei o resumo da coisa por uma jornalista da
Antena 1, no carro. "Muito economês e pouca música", disse ela. O presidente da OPART falou em
números - de espectadores, de récitas, de concertos, de outros espectáculos -, da crónica falta de dinheiro e da sua aparente habilidade para "contornar" os "recursos" a menos. Na reportagem ouviu-se o director artístico, o alemão Dammann, a murmurar umas vacuidades e o dito presidente a "justificar" o fracasso de
Das Märchen, de
Emmanuel Nunes. Retive a continuação da tetralogia de Wagner,
iniciada por Pinamonti, e uma coisa qualquer encenada por Maria Emília Correia. Também retive que não esteve presente ninguém do ministério de Pinto Ribeiro, designadamente a sua secretária de Estado que, por acaso, foi da direcção do Teatro noutra encarnação. Uma vez que o presidente aprecia - e só lhe fica bem - falar tanto em números, convinha que esclarecesse, por exemplo, os valores reservados para o funcionamento do São Carlos (sobretudo despesas com pessoal e outros "quadros") por comparação com os afectos à produção artística, aquilo que verdadeiramente justifica o único equipamento cultural destinado especificamente ao teatro lírico. Os contribuintes, pode ter a certeza, ficar-lhe-iam tão gratos como surpreendidos.
Há uma Censura mafiosa ...
( se duvidas deste comentário faz a experiência)