
Carmona Rodrigues, alguém que Santana Lopes inventou, e que, para mal dos nossos pecados lisboetas preside à autarquia (tudo por causa da soberba infantil de Carrilho), retirou os pelouros a Zezinha Nogueira Pinto por quebra de "lealdade" e de "confiança". Eu, que votei nela para ser eleita vereadora, teria feito exactamente o mesmo. Nogueira Pinto tem legítimas ambições de liderança a tudo, até do seu pequeno partido, e, como um esperto sapateiro, quer sempre ir além da chinela. O PS de Lisboa, no seu autismo caceteiro, também já tinha dado o seu contributo para a anarquia camarária com o episódio Gaioso-Carrilho que meteu gabinetes, esferográficas e tudo a que o outro já não tinha direito. Entretanto, no meio desta irresponsabilidade autárquica generalizada- que só contribui para o "prestígio" da classe - a cidade sobrevive na ambiguidade, no caos do trânsito e nos intermináveis buracos por tudo o que é sítio. Parece-me que a única pessoa que tem ali alguma cabeça é a Paula Teixeira da Cruz que é a presidente da assembleia municipal. Zezinha sonhou-se um marquês de Pombal da cidade, na linha do "social-betão". Nem toda a gente tem a sorte de viver num palacete ao Campo Grande. Enfim, na minha já longa lista de actos e de pessoas falhados, esta senhora veradora é apenas mais um.
Estava destinada a ter o nome numa das ruas da nova Baixa e agora nem um plaquinha com o seu nome inscrito no projecto... Isto não se faz, não se faz, não senhor!