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portugal dos pequeninos

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CAVACO E A CHOLDRA

João Gonçalves 6 Out 06

Lido a distancia, o discurso de Cavaco Silva no "5 de Outubro", constitui um bom pretexto para acabar com a sua comemoraçao. Cavaco, como Sampaio antes de si e, se recuarmos mais um bocadinho, provavelmente Afonso Henriques - se soubesse falar - diriam o mesmo, ou seja, que pastoreiam um pais de tendenciais bandalhos irreformaveis e que cumpre ao regime - a este a todos os que o antecederam - por as coisas em devida ordem. Acontece que andamos ha seculos a tentar "por tudo em ordem" sem grandes resultados. O pacote democratico gerou uma sociedade e uns costumes poucos consentaneos com os propositos moralistas e irrepreensiveis dos nossos sucessivos "Capo di Stato". Cavaco nao se excepciona e reclama o praticamente impossivel. Ainda nao percebeu que nao e por muito madrugar que amanhece mais cedo. A choldra e sempre a mesma.

Nota: Teclado sem acentos.

8 comentários

De Anónimo a 06.10.2006 às 12:03

Desta vez não estou de acordo consigo, JG! Há que insistir no que foi dito pelo Presidente da República, pois até foi um discurso com conteúdo, objectivo, muitoi diferente dos vulgares antecessores que sempre fizeram APENAS o discurso da praxe!!

Com certeza que o Presidente da República não pode vir com o "cacete" na mão a desancar naqueles que, realmente, bem precisavam de ser açoitados!!....

De ariel a 06.10.2006 às 15:59

"O vácuo ideológico e programático do poder impede qualquer reforma substancial. Esprimido, e dorido, Portugal não mudou". Vasco Pulido Valente no Público. Como é analisado neste artigo "não existe um partido, um político, um ministro, um autarca que se possa considerar inocente do que se passa hoje".

Não me alongo mais, vão comprar o Público e leiam.

De Anónimo a 06.10.2006 às 19:18

Aquela preocupação que manifestou no seu discurso com o problema da corrupção deve-se a quê? A uma sincera opinião de ser a corrupção um dos mais graves problemas da vida pública nacional ou a uma tentativa de gozar conosco novamente? É que se bem me lembro a época de corrupção mais desbragada e onde se sistematizou o polvo que tudo suga hoje (sector privado e público)foi a do seu consulado enquanto Primeiro Ministro. Nessa época, em que nunca se enganava e raramente tinha dúvidas, sempre teimou em dar rédea larga aos seus barões laranja.

Das duas, uma; ou começa agora a ter dúvidas e a reconhecer que se enganou, ou está novamente a gozar com o pagode.

De VC a 06.10.2006 às 21:52

´`^~ chegam estes?

De Anónimo a 06.10.2006 às 22:27

Todos os portugueses têm responsabilidades na corrupção qu grassa na nossa sociedade. A cobardia de uns e a esperteza de outros impede que os corruptos sejam identificados e punidos. A maior parte dos portugueses que podia denunciar situações perigosas têm medo. Somos uma sociedade com medo. Resquícios da ditadura? Democracia não assumida?

De Anónimo a 06.10.2006 às 22:48

“O quinto império”
Dominique de Roux (1977, Paris
«Mal chegou, Clément compreendeu a razão de ser de Portugal, precisamente a de não ter nenhuma»(pp39)
Z

De Anónimo a 06.10.2006 às 23:47

Caro João Gonçalves
Concordo na substância com o post, mas o que o leva a pensar que o Senhor D.Afonso Henriques não sabia falar?

De dass a 08.10.2006 às 23:43

Também me parece que o burgo se animou demais com um discurso de uma generalidade consensual.

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