
Aproveitei o começo da "hora de almoço" para tentar perceber se o famigerado
"Diário da República" electrónico funciona e de graça. Funciona e é de graça. Ao passar os olhos pela
II Série - que, para quem não sabe, contém os chamados "actos da administração pública" - deparou-se-me um conjunto de "despachos" - completos ou em forma de "extracto" - através do qual são nomeadas para a categoria-base da carreira técnica superior do Estado -
"técnicos superiores de 2ª classe" para
"lugar a acrescer automaticamente no quadro de pessoal" para onde vão - pessoas da função pública mas de categorias ou de carreiras diferentes.
É só ir aqui e ler, no que aos últimos trinta dias diz respeito. Por que é que eu refiro isto? O acesso ou o ingresso fazem-se através de um organismo chamado Direcção-Geral da Administração Pública que supostamente o PRACE - lembram-se dele? - iria extinguir. Não me vou dar ao trabalho de andar a ler os
DR's para trás para contar esta gente. Os jornais que façam isso, se quiserem. Acontece que ainda há dois dias,
com ar grave e fúnebre, o sr. Secretário de Estado da Administração Pública deu a conhecer os "números" dos funcionários do Estado -
fora os que ele não conhecia e
etc. - e conviria saber se estes "acessos" amanhados na distracção do Verão (os despachos chegam ao
DR com umas boas semanas de atraso) também já estavam incluídos na contabilidade incipiente do dr. Figueiredo. Importava-se, pois, de nos elucidar acerca deste "instrumento de mobilidade" que obriga a criar mais lugares nos quadros de pessoal respectivos?