
Há cerca de três, quatro anos, passei uma lúgubre temporada em que corria todos os dias para o Instituto Português de Oncologia de Lisboa. Tive tempo suficiente para ver morrer muita gente de idades variadas enquanto esperei pela morte, felizmente tranquila, do meu pai. No meio da coisa, ficou-me uma boa impressão geral do pessoal do IPO. Médicos, enfermeiros, pessoal auxiliar. Leio que o dr. Correia de Campos e que o director do IPO pretendem "vender" os terrenos de Palhavã e mudar o IPO para Oeiras ou para outro lugar qualquer. O IPO não é um hospital vulgar. Centenas de pessoas vêm dos locais mais remotos de país para tratamento ou internamento em Palhavã. É verdade que os oitenta anos das primeiras instalações pesam. E que aparentemente quaisquer obras adicionais não resolvem a questão, segundo o director. Todavia não pode ser indiferente à decisão a localização do Instituto. É, parece-me, importante manter a "centralidade" do mesmo e não pensar sequer dois minutos em transpô-lo para os arrabaldes de Lisboa. Este é um daqueles serviços públicos que não pode estar à mercê do caprichismo político. Que a criatividade incontinente do dr. Correia de Campos não lhe limite a visão razoável da realidade.
Gostaría de acrescentar que tambem se deve e. muito ao voluntariado...
... sei que é algo que "passa despercebido"