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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 12 Dez 13
A revista Time escolheu previsivelmente o Papa Francisco como a "figura do ano". Recentemente Francisco "surpreendeu" alguma esquerda com uma crítica severa ao capitalismo e às suas consequências económicas e sociais. Houve até quem achasse ter "inspirado" o Papa, por exemplo, a partir da Aula Magna em Lisboa. Mas quem acompanha a produção literária do Vaticano, pelo menos a deste e do último séculos, sabe que tem sido uma constante de diversas enclícas, e de outra documentação papal, a "denúncia" dos males da sociedade dita liberal e dita capitalista. O mesmo aconteceu enquanto houve, a leste, falsos amanhãs libertadores de carácter socialista ou comunista. Depois Francisco também "surpreendeu" porque, como bom latino-americano, não exibe a austeridade intelectual do seu predecessor e aprecia confundir-se com o "homem médio". Todavia, a "figura do ano" é muito mais Bento XVI do que Francisco. Em 1996, o então Cardeal Ratzinger explicava que "é necessária a oposição à ideologia banal que domina o mundo e que a Igreja pode ser moderna, precisamente quando é antimoderna, ao opor-se ao que todos dizem. À Igreja cabe um papel de contradição profética e tem de ter a coragem para isso. É precisamente a coragem da verdade que, na realidade, é a sua grande força." Em 2013, a renúncia de Bento XVI foi um acto único contra a "ideologia banal" que, entre outras coisas, faz as capas dos jornais e das revistas do mundo "espectacular" em que vivemos.
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