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portugal dos pequeninos

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Ideia certa numa grafia errada

João Gonçalves 3 Mai 13

 

A ideia do Presidente é louvável. A substância é de aplaudir. Mas escolher o português "acordográfico" para defender a língua portuguesa no mundo, bem como o seu inequívoco lastro económico, é uma pena.

5 comentários

De Isabel Metello a 03.05.2013 às 16:28

Na Língua Portuguesa Contemporânea, aliás, desde a sua formação como Língua, não há dialectos, há uma e só Língua, com pronúncias distintas, e, como sempre, com estruturas sintácticas e vocábulos arcaicos actualizados nas ex-colónias, incluindo o Brasil, onde até se fala e escreve, em certas zonas, um Português muito mais próximo do nosso do séc. XVI (nomeadamente no que concerne às sibilantes e à não palatalização). Logo, não há Português mal falado, até porque qualquer língua evolui pelo erro falado de hoje que se converte na norma do amanhã- apenas há a respeitar as normas actuais (eu não estou a respeitar o NAO, pois estou formatada pelas normas anteriores e gosto de escrever ao som das teclas, Acordo com o qual até concordo, por uma questão pragmática, com excepção, por exemplo, para a ausência da actualização do princípio de economia linguística no caso da inexistência do traço distintivo entre facto ( muita gente não actualiza o c como consoante surda, logo...) e fato, o que pode levar a uma má comunicação e qualquer Língua, acima de tudo, é um medium de comunicação...Os Brasileiros têm o vocábulo terno, logo é-lhes indiferente a queda da consoante surda...
Mas muito mais grave que qualquer NAO é uma eterna e completa ausência política de valorização da Língua Portuguesa como Património Comum a Ser Devidamente Dignificado, através do seu ensino, com base no pragmatismo e eficácia com que os Ingleses sabem e muito bem, desde a II Grande Guerra, promover a sua! Nem precisariam de "descobrir a pólvora"- bastaria assentarem o ensino de Português como Língua Estrangeira/Segunda com base em manuais e pedagogias já praticadas pelos anglo-saxónicos há tanto tempo!

De c a 04.05.2013 às 05:41

Será que ninguém percebe que o "potêncial económico" de uma língua depende, exclusivamente, dos conteúdos que veicula? E que estes se produzem com trabalho, organização e estudo, exactamente aquilo que por aqui não abunda?
E o discurso de Cavaco é um belo exemplo disso, tão coisa nenhuma... tão exemplo e ausência de um pensamento.
Alguém vê presidentes a falarem do valor económico das línguas - um achado de brasucas do calibre de Sarney para gente como Cavaco?
Nada mais cansativo do que a mediocridade - e o nacionalismo brasileiro.

De Vasco a 05.05.2013 às 10:33

No nosso caso, o potencial económico da língua está na sua singularidade e não na sua unificação (impossível, aliás) com a derivação sintáctica que se utiliza no Brasil. Para dar um exemplo, todo o software que poderia ser traduzido para português europeu já não é e é-nos impingido o software traduzido no Brasil (veja-se por exemplo, o site e os produtos da Adobe, um dos mais importantes distribuidores de software para artes, audio-visuais e webdesign) com as dificuldades técnicas que resultam daí, uma vez que nessa campo (do desenho, da programação, etc) poucas são as palavras comuns. "Tela" em vez de "ecrã" ou "usuário" em vez de "utilizador" são as menos más. Já só uso software em inglês por causa disso. Pior ainda é a falta de brio dos profissionais destas áreas, que aceitam estas mudanças bovinamente.

De Manuel Lopes a 08.05.2013 às 02:11

"O" "dialeto" que se fala em Angola e Moçambique é o nosso antigo? O que vale é que temos MST para nos ensinar coisas sobre a língua!

De Hugo X Paiva a 09.05.2013 às 04:23

O M.S.T.quer dizer que Angola e Moçambique não "adotaram" o "AO", continuando assim a escrever em português legitimo.

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