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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 24 Mar 13
A "concorrência" de Sócrates, o comentador, já se pronunciou praticamente toda sobre o exercício. Faltou, porém, dizer uma coisa fundamental. Nem o governo nem a oposição souberam (ou quiseram), neste "intervalo", trazer a política para o centro das ponderações e das decisões. Não basta suspirar entre portas por melhores dias (ou melhores pessoas), intrigar a favor ou contra este ou aquele, preencher cargos, apresentar moções, discursos ou gráficos numa novilíngua qualquer para prodigalizar uma política. Não. É mesmo preciso "fazer" política a sério, a famosa velha senhora que, dizem, tem horror ao vazio. Foi precisamente por ter pressentido esse vazio (como calculam, não falei com o homem sobre o assunto) que Sócrates decidiu aparecer para, uma vez mais, separar, suscitar o conflito, o cerne (custa mas é assim) da democracia. Mesmo com um passivo e uma história que o desfavorecem e execram, Sócrates arrisca. Só esse gesto "é" política pura. Dir-se-á que não é um programa que muda a natureza das coisas e que a vergonha, em geral, não abunda. É verdade. Sócrates, aliás, pode acabar, como tantos outros, capturado pelo estúdio de televisão, sem consequências. Só que mais do que a sua vontade - ou a alheia de quem o contratou e consentiu nessa contratação -, é como resposta, (imagino que entre o divertido e o decidido) ao vazio e ao torpor instalados que (pasme-se) Sócrates emerge como uma antiga "novidade". É bem feito. Boa noite e boa sorte.
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