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portugal dos pequeninos

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A grafia pateta

João Gonçalves 21 Nov 12

 

Via ma-schamba, feito num “país livre do acordo ortográfico”, Vasco Graça Moura de novo sobre o dito. «O certo é que, se as coisas continuarem assim, dentro de uma geração ninguém conseguirá pronunciar correctamente a língua portuguesa tal como ela é falada deste lado do Atlântico. Por outro lado, o que interessa, para além da questão jurídica e cultural de fundo, é uma questão política assaz bizarra. E a questão política actualmente resume-se a isto: estão a ser aplicadas não uma, mas três grafias da língua portuguesa. A correcta, em países como Angola e Moçambique, a brasileira (no Brasil) e a pateta (em Portugal e não se sabe em que outras paragens).(...) É muito de estranhar que, no ano em que o Brasil se apresenta em Portugal e Portugal se apresenta no Brasil com tanta pompa e circunstância, nenhum dos países interessados tenha feito qualquer reparo à maneira como a grafia do português, que se pretende oficial e oficiosamente seja agora adoptada em Portugal, consagra uma série de enormidades que não estão, nem podem estar, a ser aplicadas no Brasil e que aumentam a desconformidade com a maneira como a língua se escreve de um lado e do outro. Talvez tenhamos de esperar que se realize um ano de Angola em Portugal e de Portugal em Angola para o problema merecer atenção. E então não será de estranhar que tenhamos de agradecer aos angolanos um rigor na grafia da nossa língua de que, por cá, nós portugueses já não somos capazes.»

3 comentários

De fado alexandrino a 21.11.2012 às 21:05

Pena que Jaime Neves tenha autorizado que o "seu" livro seja escrito no novo des(acordo) ortográfico.

De Costa a 22.11.2012 às 18:12

Aí está um livro que por isso - e muita pena que eu tenha - não lerei. Assim se fizesse em massa e esse crime cultural e de identidade nacional teria a reacção merecida.

Mas nós por cá cedemos submissamente a tudo. Ainda hoje um dos jornais que resistia ao aborto ortográfico anunciou a sua rendição perante esse nojo. Gente falida, nós: sem dinheiro, sem futuro, confiscada de toda a esperança. E que nem a sua dignidade última protege.

Falida e sem carácter.

Costa

De isabel de deus a 23.11.2012 às 19:51

Grafia pateta e patética!

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