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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 3 Nov 12
O Expresso traz uma entrevista com o eurodeputado Paulo Rangel cuja perspicácia e oportunidade políticas devem ser relevadas no meio de tanto barulho tão inútil quanto superficial. Pouca gente consegue verbalizar (talvez porque não quer pensar nisso a sério) que o nosso "problema" só tem solução no quadro europeu, num maior envolvimento europeu de Portugal e numa "refundação" da Europa, menos no sentido do "financismo" e mais num trilho claramente político. A não ser assim, a "Europa" só pode ser declinada com aspas enquanto aguardar bovinamente o desfecho, a quase um ano de vista, das eleições alemãs, sob o olhar sobranceiro da chanceler Merkel. A Comissão, neste contexto, é ornamental, tal como o presidente do Conselho Europeu (a função exclusiva dele parece ser a de distribuir apertos de mão à entrada dos Conselhos) ou aquela aristocrata inglesa que passa por ministra dos negócios estrangeiros da UE e a quem, muito adequadamente, ninguém presta a menor atenção. No meio deste torpor explosivo, o eurodeputado Paulo Rangel coloca hipóteses certeiras. «Há uma falha europeia. E a falha portuguesa é não reconhecer a falha europeia. Mas penso que o PM percebeu e quer usar este consenso com o PS para melhorar o nosso ajustamento. (...) A médio prazo é o programa no seu todo que deve ser reequacionado - refundado, para usar a expressão em voga -, talvez num quadro europeu mais geral. Em concreto, a baixa gradual dos juros, a utilização dos 6 ou 7 milhões não usados com a banca (custear indemnizações de funcionários que saiam), a não contabilização de certas despesas para o défice, um programa para o crescimento. Isto corre tudo com a Europa em movimento. Mas não temos de ficar à espera. Em termos europeus há muito a fazer e devíamos estar a fazer diplomacia em força. (...) A credibilidade do PM na Europa é excepcional e inquestionável. Penso é que é importante que ele comunique mais o que faz. O facto de estarmos resgatados não nos deve inibir de ter uma visão sobre a Europa e o futuro. Isto é um resgate... mas é só um resgate. (...) Temos tido uma redução económico-financeira do discurso político que é negativa. Mas não é só em Portugal, é em toda a Europa e essa é a verdadeiraa vitória de Marx: a ideia de que o económico-financeiro esá primeiro e determina tudo o resto. Eu continuo a não acreditar no abcesso económico.» Estamos de acordo.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...
“… e resto, e desde 21 de Julho, a Europa tem andado em tratamento ambulatório e sempre suspensa dos encontros, dos telefonemas, das sms e das teleconferências entre aqueles dois inconfundíveis pernósticos. Consequentemente, para "refundar" a Europa é preciso começar por "refundar" ambos.”