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portugal dos pequeninos

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Sous les pavés, o Guincho

João Gonçalves 15 Set 12

 

Depois de umas boas horas de praia, ligo a televisão. Reparo que as televisões "estão" nas manifestações - ou seja, não se limitam a cobrir os eventos com dezenas de recursos no terreno e no ar - e não vejo nenhum jornalista perguntar aos manifestantes do "que se lixe a troika" se têm noção que é a "troika" quem garante o pagamento dos salários e das pensões ao grosso dos referidos manifestantes (não me refiro ao pessoal circense sempre de serviço). Sem a "troika", daqui a uma semana ninguém - pelo menos os funcionários públicos e os trabalhadores do sector empresarial em que o Estado é accionista maioritário - receberia o seu vencimento ou pensão.  A RTP, por exemplo, não teria meios para colocar treze (13) equipas "no terreno" com tudo (e todos) o que isso implica. Espero que nenhum dos responsáveis pela falência do país tenha a pouca vergonha de aparecer na rua como se tivesse nascido apenas no último ano. Fora isso, estejam à vontade. Sous les pavés, la plage. A do Guincho

4 comentários

De Isabel de Deus a 17.09.2012 às 11:01

Curioso é o facto de o sacrifício a que os funcionários públicos já foram submetidos no ano transacto não ter desencadeado qualquer megamanifestação ou indignação geral Afinal, somos apenas os famigerados "FP", que tanto convinha acusar de privilegiados...
A indignação é sempre muito selectiva, razão pela qual, apesar de subscrever a100% a posição da Dra. Ferreira Leite, fiquei em casa.
Ontem, uma amiga menos informada dizia-me que tinha de haver um novo 25 de Abril, a cargo dos militares. Perguntei-lhe quem seria o líder, se o pançudo ou se preferia o terrorista. Não entendeu, coitada. E é com estes que a inefável maioria de esquerda se governa sempre. Pobres de nós, são muitos anos de lavagem (marxista) ao cérebro e quem está nas escolas que o diga! Contudo, a maioria de direita terá de ganhar juízo e valorizar o capital humano que tem (terá ainda?) na base de apoio dos dois partidos da coligação. Atenção aos avisos de quem já tem cabelos brancos.Já Camões avisava o inexperiente D. Sebastião:"Tomai conselho só de experimentados/que viram largos anos, largos meses".

De Anónimo a 17.09.2012 às 13:21

Quem seguiu as manifestações deste sábado, sabe que na sua maioria os manifestantes eram pessoas comuns, de todas as idades, sem vinculação a partidos, aproveitou a oportunidade para manifestar a sua revolta – alguns o seu desespero! – perante a situação a que chegámos, em que não se vislumbra uma nesga de esperança. Fizeram-no com uma dignidade admirável que os incidentes muito pontuais (e protagonizados por poucos) não maculam, como digno foi o comportamento das forças policiais.
E a manifestação dessa dor, mesmo que inconsequente, deveria merecer algum respeito por parte de quem, vá-se lá saber porquê, se coloca sistematicamente numa posição de superioridade desdenhosa em relação aos seus concidadãos.

De Anónimo a 17.09.2012 às 14:39

Quem seguiu as manifestações deste sábado, sabe que na sua maioria os manifestantes eram pessoas comuns, de todas as idades, sem vinculação a partidos, aproveitou a oportunidade para manifestar a sua revolta – alguns o seu desespero! – perante a situação a que chegámos, em que não se vislumbra uma nesga de esperança. Fizeram-no com uma dignidade admirável que os incidentes muito pontuais (e protagonizados por poucos) não maculam, como digno foi o comportamento das forças policiais.
E a manifestação dessa dor, mesmo que inconsequente, deveria merecer algum respeito por parte de quem, vá-se lá saber porquê, se coloca sistematicamente numa posição de superioridade desdenhosa em relação aos seus concidadãos.

De Anónimo a 17.09.2012 às 20:23

Quem seguiu as manifestações deste sábado, sabe que na sua maioria os manifestantes eram pessoas comuns, de todas as idades, sem vinculação a partidos, aproveitou a oportunidade para manifestar a sua revolta – alguns o seu desespero! – perante a situação a que chegámos, em que não se vislumbra uma nesga de esperança. Fizeram-no com uma dignidade admirável que os incidentes muito pontuais (e protagonizados por poucos) não maculam, como digno foi o comportamento das forças policiais.
E a manifestação dessa dor, mesmo que inconsequente, deveria merecer algum respeito por parte de quem, vá-se lá saber porquê, se coloca sistematicamente numa posição de superioridade desdenhosa em relação aos seus concidadãos.

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