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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 1 Abr 12
«Tudo o que seja previsões de políticos, comentadores, governantes ou outros protagonistas mediáticos é valorizado em manchetes e títulos e citado em espiral de auto-referenciação noutros media. Haverá razões de carácter nacional para a obsessão com o futuro – o fado, a vivência no sonho – mas explico o fenómeno pelo comodismo. As previsões não implicam investigação, não remetem para quaisquer factos verificados. Não trazem maçadas de nenhum género a quem as reporta e quem as profere assegura protagonismo. Acontece que Passos é avesso a previsões. Em vez de prometer amanhãs que cantam, como outros políticos, tem preferido manter o seu discurso político no presente. Isso deveria ser bem-vindo, por trazer realismo e sensatez ao discurso político, mas é criticado por políticos, comentadores, incluindo do seu próprio partido, como Marcelo Rebelo de Sousa, e, mais espantosamente, por muitos jornalistas comentadores que parecem preferir políticos mentirosos aos que, mesmo escondendo verdades, pelo menos não mintam. Quando comentadores dizem que Passos deveria acentuar o "discurso da esperança", já se sabe que estão a sugerir ao primeiro-ministro que comece a mentir. Parte do jornalismo português, viciado nas mentiras cor-de-rosa do anterior governo, anda desaustinada com um primeiro--ministro que recusa aderir a essa má prática política e jornalística. Ele repete que não quer prever e prometer o que não pode. Mas os microfones sedentos de previsões não o largam. Quando esse jornalismo anseia que lhe contem mentiras, que se pode esperar dele?
A inscrição "Paços Coelho" na entrevista do primeiro-ministro na TVI não foi uma simples gralha. Assinalou uma total ignorância sobre a vida nacional. Este terá sido o erro gramatical mais gritante da última década, mas acontece tantas vezes em todos os canais que se trata já de uma característica estrutural da informação na TV portuguesa. Quando falo com jornalistas jovens, verifico que, faltando-lhes cultura geral, vêem-se à nora para escrever sobre matérias de que nada sabem — e não podem informar-se devidamente porque não lhes dão tempo para escrever. A proletarização dos jornalistas é responsável pela decadência, nos velhos e nos novos media, da prática jornalística, que de indústria cultural vai passando a indústria "desculturalizada".»
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...
às vezes penso não ter ouvido bem.
as judites são uma calamidade. esganiçam-se em lugar de serem naturais