Nestas eleições, o único rosto novo é Passos Coelho. E não é novo por causa da idade (Jerónimo de Sousa é um "jovem" ao pé de Louçã que fala invariavelmente como um catequista untuoso). É novo porque todos os outros estão há anos nas respectivas lideranças partidárias. É novo porque todos os outros eram os mesmos em Setembro de 2009, como o eram em 2005. Portanto, se nós chegámos onde chegámos de certeza que não é por causa de Passos Coelho. E é novo porque, ao contrário dos outros, não é um profeta perigoso - como Sócrates e Louçã -, ideológico, como Jerónimo, ou demagógico como Portas. É um tipo absolutamente normal o que é uma imensa vantagem. Estamos fartos de profetas.

Adenda: Constança Cunha e Sá, que comenta diariamente na tvi24 o "fluxo" tagarela da campanha eleitoral (e os debates), devia aparecer com um disclaimer à sua frente a dizer: "Eu venho aqui todos os dias puxar pelo Paulo Portas". Ninguém levaria a mal.