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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

A ENTIDADE EM FORMA DE ASSIM

João Gonçalves 29 Jan 10

«A ERC começa 2010 como acabou 2009. Abriu 2009 dizendo que não analisaria o caso Sol-Freeport. Não interessava ao Governo. Acabou 2009 obrigada pelos acontecimentos a analisá-lo - ou fingindo analisá-lo: o presidente da ERC declarou no Parlamento, sobre este caso, que não consegue "melhorar o tempo de decisão da ERC", uma maçada. Em 2009, o mesmo Dupond defendeu, qual Sócrates, que se deve "reagir violentamente" nos media contra os media. Foi mais uma de várias intervenções egocêntricas e desajustadas. Em 2009, a ERC anunciou, após os ataques de Sócrates à TVI, que iria "averiguar" o JN6ª. Para abrir caminho ao Governo, a ERC fez então o inimaginável numa instituição de regulação em democracia: condenou o estilo jornalístico, sem encontrar motivos profissionais ou éticos para criticar o noticiário. Sócrates conseguiu acabar com o JN6ª, e a ERC esperou pelo fim do processo eleitoral para chorar lágrimas de crocodilo. Em 2009, a ERC anunciou querer regular os rodapés das TVs. O mundo aguarda o cumprimento dessa missão imprescindível à humanidade. Em 2009, a ERC inventou uma trapalhada para chumbar as propostas para um quinto canal, por Sócrates já não estar interessado nele. Antes das eleições de 2009, a ERC propôs-se censurar os espaços de opinião dos media portugueses. No final de 2009, preparou uma futura decisão frouxa sobre a pressão política na TVI ao anunciar "não ter meios" para lidar com o caso. Desconhece-se que "meios" lhe faltam, mas provavelmente é a independência de decisão. Tudo o que a ERC fez, fez mal? Não. Encomendou bons estudos a instituições universitárias. É uma pena a regulação não ser também feita por entidades exteriores à ERC.»

Eduardo Cintra Torres, Público

1 comentário

De Alves Pimenta a 29.01.2010 às 21:18

Convinha uma "revista" sobre cada um dos cinco elementos da ERC.
Ver-se-ia que, na maioria (3), se trata de gente sem qualificação, passado ou mérito que a habilitem para as funções.
O caso mais flagrante é o do vice-presidente, um tal Elísio, indicado para o lugar pelo PSD mas que tem vindo a revelar-se mais socretino que os do PS.
Uma vergonha!

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