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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 17 Mar 08
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...
Por isso, logo que surgiu como líder, Menezes é a reforma da memória na Política, a qual, com ele, deixou de ser fraca para passar a ser hiperssensível e vibrátil e qualquer posta tua, João, o atesta. O politiquês de Menezes tem muitos lapsus linguae, bb fora do sítio, e palavras incompletas e mal articuladas, mas algo moverá o homem assim como algo visceral moveu D. João I a matar o Conde Andeiro enquanto morte simbólica de tudo o que ele representava de lesivo para os nossos ancestrais interesses.
A blogosfera não interpreta o Povo. O cinismo recobre o pensamento sobre o Povo. Ninguém interpreta o Povo. Vendem-se mentiras sobre o País e as causas do nosso atraso. Ninguém lhe reproduz as dores, ao Povo, talvez somente Menezes, como os pescadores grunhos da Galileia, o interprete e o escute, gostaria de acreditar nisto. E acredito-o com a minha intuição, a mesma intuição que rejeita tudo em Sócrates. Talvez!
Menezes é, ainda, um político que pensa alto: a contradição entre ideias resulta de as pensar a todas, de as subscrever a todas porque quase nenhuma é má ou contraditória, somente incompleta. E ao falar em público, elenca-as como quem as escolhe.
Decidir estas coisas normalmente passa-se num gabinete e é uma ponderação conjunta e ampla que frutifica e amadurece. Menezes, todavia, ainda está demasiado só para inovar e para ser eficiente na comunicação porque comunicar para Gaia é incomparavelmente diverso de comunicar com as elites lisboetas e os interesses lisboetas comprometidos com o que está.
Até ver, tem apenas um voluntarismo nortenho que pode ser surpreendentemente demolidor não junto da blogosfera, cujo registo é o do contágio, o da propagação imitativa, o de concordância babante entre os da chamada primeira divisão, os Barrigas-de-Buda da Blogosfera nacional, mas junto do Povo, que tem vindo a olhar demasiado para o forro triste dos bolsos, para as portas que lhe são fechadas na cara e se pergunta «Mas porquê? Porquê logo eu, que estou na maior merda e mais fodido e esmifrado que um ucraniano das Obras?»
Ora, na prática, esta pergunta não pode ser respondida por um homem que pura e simplesmente destesta e abomina e considera intragável essa gentinha medíocre e pedincholas chamada Povo.
Um Povo que não participa com alegria em Meias-Maratonas, que não toma parte do banquete do QREN, que não faz upgrades do Power-Point e só downloada o pouco que come nas suas sanitas e urinóis de Povo e não quer saber da sociedade do conhecimento e outras modernidades sem pão.
Sócrates quererá porventura um empresariado nacional forte. O empresariado nacional quer ser forte e isso está a acontecer. Mas daí não decorre nada de bom para o Povo. O Povo da fome e da sardinha para quatro viveu sob um regime cujo empresariado era efectivamente forte e era de bom tom andar cabisbaixo e cristão numa conformação feliz e bem-aventurada de miseravel pobreza.
Jardim tem razão: isto está mais corporativista que nunca. Salazar era um aprendiz. Sócrates conseguiu-o. Palmas!
PALAVROSSAVRVS REX