"Sobre a polémica provocada pelo recente discurso do Papa considerado por muitos muçulmanos insultuoso para o profeta Maomé e para o islão, o escritor considerou que se alguém escreveu esse discurso e Bento XVI não o leu antes foi "imprudente", e se o leu e não retirou a passagem referente a Maomé foi "ainda pior". Vem no Público, sem link. O "escritor" que "considerou" é José Saramago, o nosso infeliz Nobel da Literatura. É por estas e por outras que o Nobel cada vez mais só vale pelo dinheiro dado aos escribas a quem é entregue. Saramago, cuja "prudência" enquanto director do Diário de Notícias durante o PREC ficou famosa, vem agora armar-se em moralista - sim, ele não passa de um vulgar e ressequido moralista - contra o Papa, sugerindo, supõe-se que para ter graça, que Ratzinger não escreve nem pensa. Deve ser influência da ex-jornalista espanhola com quem vive a qual, aliás, já fala por ele há muito tempo. Saramago ainda não percebeu, embora tenha idade para isso, que é uma caricatura pública de si próprio enquanto escritor. Se eu fosse dado a penas, estaria cheio de comiseração por este velho comunista empedernido, confinado à volúpia da sua celebridade volátil. É que a Igreja a que preside Ratzinger estará ainda de pé no dia em que Saramago for apenas uma nota de fim de página num qualquer esquecível "manual de literatura" para crianças.
Deste eu gostei mesmo!