"Uma mulher é uma deformidade natural".Aristóteles, citado por Simon Goldhill, em "Amor, Sexo e Tragédia - a contemporaneidade do classicismo" (Aletheia Editores, 2006). A capa que se reproduz é a da edição em língua inglesa. Talvez por causa da pudicícia nacional, a versão portuguesa optou por outra coisa, não deixando, no entanto, de fazer o seu sentido. Na nossa, retrata-se o "pecado original", o momento da trinca na famosa maçã , sob o olhar vigilante da serpente. Eva, segundo a "lenda", brotou duma costela de Adão, e fundou, sem o saber, a tradição sexual judaico-cristã. "Boy meets girl, girl meets boy", e por aí fora. Nem sempre foi assim. Nem sempre é assim. Este precioso livrinho explica, com erudição e graça, por que, apesar disso, é essencial - por causa de sabermos "quem somos", "donde vimos" e o "que é que andamos cá a fazer", sozinhos e em comunidade política- conhecer a vida antiga e a cultura clássica, afinal ainda tão subtilmente presente nas nossas tristes vidas "amnésicas". O livro toma como ponto de partida uma frase de Cícero: "se ignoras de onde vens, serás sempre uma criança". Serve para a vida, serve para a sociedade. Talvez a nossa.
Estarei enganado ou o Alcorão tem além das virgens, jovens mancebos para delícias inconfessáveis no paraíso? E na prática em que tradição é que fica?
E apesar das "tradições" dos gregos bem espelhadas no texto da Ilíada, a guerra de Tróia não deixou de ser uma história de boy meets girl, girl meets boy....
E o Aristóteles com esta frase, será que foi influenciado pela Igreja católica!!!! ou esta é que foi influenciada por ele...??? Querem ver que a tradição grega teve mais influência na Igreja do que parece!!! É que isto das tradições já não é o que era! Só coisas que me atormentam...