
Andam por aí a circular os habituais "manifestos". Tirando o "manifesto reformador", do António Barreto e do Medeiros Ferreira, de 1979, não me lembro de ter assinado mais algum. Talvez contra a regionalização, concedo. Em geral, sou alérgico por causa da frivolidade do exercício e dos nomes que lá aparecem. Os mais recentes - de que tenho conhecimento - dizem respeito ao Médio Oriente e ao Teatro Rivoli, do Porto. O primeiro abrange "intelectuais" e políticos esquerdinos - mais ou menos os do costume- e um bispo. É um "movimento". Imagino que deve comover imenso os israelistas e demovê-los imediatamente de lutarem pelo seu "Lebensraum". O segundo é mais modesto mas nem por isso menos "significativo". Destina-se a evitar que Rui Rio "venda" o Teatro a privados. É mais tipo "petição". Não falta quase nenhum subsídio-dependente na lista, onde se destacam os grandes sobas Cintra e Silva Melo. Ricardo Pais, na versão de "encenador", também surge. Acontece que ele é o director do Teatro Nacional de São João e não deve estar ali por acaso, apesar de andar mais caladinho do que é seu hábito. É o genéro de rapaz que não costuma dar passos em falso e que gere os seus silêncios tão bem como as suas falas. Por exemplo, quando Lagarto foi corrido do Dona Maria, Pais só se lembrou de dizer qualquer coisinha uns tempos depois. O que nós não fazemos pelo nosso "espaço vital", não é verdade?
É verdade ...!
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É verdade, «nunca se esqueça» do seu Post, já deste ano ...
«THE KINDNESS OF STRANGERS»