
A palhaçada que, presumo, ainda está em curso no Teatro Rivoli, do Porto, é um sinal da complacência com que se encaram, no nosso país, as chamadas "manifestações artísticas". Com a desculpa que são "artistas", os delinquentes que se encontram lá dentro têm direito a "directos" nas televisões e nas rádios, a páginas de jornais e, amanhã, à própria ministra da Cultura que acha isto, do alto da sua total irresponsabilidade, uma "original forma de luta". Pires de Lima, escudada no seu ódio de estimação por Rui Rio, não percebe que, ao aceder encontrar-se com os referidos delinquentes, está - porque não é propriamente um cidadão qualquer - a comprometer o Estado numa macacada urdida por dependentes do subsidiozinho do costume e pelo Bloco de Esquerda. O "giroflé-giroflá" de ontem, à volta do Teatro, não deixa margem para dúvidas. Se Pires de Lima aparecer aos delinquentes para "mediar" não se sabe bem o quê, deve ter de seguida a hombridade de se demitir. Não gosto que os meus impostos sejam desviados para o que não devem ser. E, no assunto vertente, só se fossem para cumprir a lei. Isto é um caso de polícia e não um caso de "cultura". Perceba isso enquanto é tempo, senhora professora.
Adenda: Sra. Prof.ª, em vez de se oferecer como "mediadora" num número circense, por que é não trata antes do que lhe compete, como, por exemplo,
deste equívoco criado por si no Teatro Nacional D. Maria II ?