A confrangedora ignorância revelada por alguns comentadores anónimos acerca do que se
escreveu aqui, obriga-me a dizer mais qualquer coisa. E quem ouvisse ontem o ministro responsável pela "reforma da administração pública", ficaria ainda com mais dúvidas do que as que ele manifestou. O PRACE ou outra qualquer "reforma" semelhante, não pode, pela natureza das coisas, meter tudo no mesmo saco por causa da obsessão com a poupança. Nem sequer dentro do mesmo sector. Um teatro, por exemplo, não é o mesmo que um museu e este está longe de se parecer com um instituto da economia, com um hospital, com um liceu, com uma divisão da PSP, com um quartel ou com uma universidade. O meu "interesse" nesta matéria é abstracto - ninguém me pediu opinião, nem sequer a título profissional - e não sou assim tão mesquinho ao ponto de me agarrar à minha "capela" que, aliás, não é nenhuma. Sempre entendi que o Estado e o interesse público se servem em qualquer lado, de acordo com as necessidades públicas e as habilitações e as motivações de cada um. O que eu não aceito é que o Estado sirva para promover corporações, sejam elas quais forem. A medida da redução das circunscrições judiciárias - num sector empedernido como é o da justiça onde os seus principais agentes apreciam manter-se "fora" do Estado e da "política" ou só a eles recorrem quando lhes convém- é de elementar bom-senso. O resto não sabemos. Nem o governo.
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deixa-nos também por repensar todo o discurso do seu método. Oh well... (como diriam os inglesinhos)