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portugal dos pequeninos

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TORTURADA - 2

João Gonçalves 29 Jul 06


O coro de carpideiras que se formou em torno do episódio Maria João Pires é revelador da imensa fantasia que é o nosso país. Na sua leviandade, não perceberam que jamais esteve em causa a artista, a grande artista, que a Pires é. Belgais é um "projecto" nobre, sem dúvida, numa terra onde quase nada existe, que tem uma gestão para a qual foi canalizado dinheiro público, cerca de dois milhões de euros. A própria Maria João Pires deve ter reparado no exagero da expressão "tortura" - que supostamente o país lhe andava a infligir - e moderou para a ideia de ir "descansar" de Portugal para o Brasil, sem largar a orientação pedagógica e artística de Belgais. Entre nós, por causa da "cultura" salazarenta que vigora em muito boa alma de "esquerda" iluminada e pretensiosa, confunde-se amiúde o respeito pelo temor reverencial. Depois, se se juntar a isso um crónico provincianismo que tanto se baba de gozo por poder exibir um Figo lá fora, como uma pianista genial, sem fazer grandes distinções, e temos o fermento para o "caldo" de uma das raças mais estúpidas da Europa. Ou julgam os seus "defensores" que a Pires os tem em grande conta? Por amor de Deus.

Adenda: Ler, sobre isto, o Eduardo Pitta, presumo que mais "insuspeito" do que eu.

19 comentários

De cancioneiro a 29.07.2006 às 13:07

Um Figo GENITAL

Uma pianista GENIAL....

*
Desculpe-se, mas agora é tarde...

De Anónimo a 29.07.2006 às 13:34

Pretensioso

De candida a 29.07.2006 às 18:06

uma tortura subsidiada, quand-même. note-se que respeito imenso a pianista.coitadinhas das criancinhas. quem as vai aculturar!?

De Anónimo a 29.07.2006 às 20:03

De facto acho que tem razão.Este "caldo" que refere é fatal,e está difícil fugirmos a isto,

De Anónimo a 29.07.2006 às 20:24

O coro das carpideiras, onde? De tanto resmungar sempre, o senhor Gonçalves já presume os factos antes mesmo deles se verificarem. Ingrata vida, a de quem se acha com tantos talentos e depois só tem o cão para o consolar.

De Cristina Ribeiro a 29.07.2006 às 21:23

Pela quantidade de subsídios atribuidos(ao que leio)é uma "tortura"sem dor,aveludada...

De Anónimo a 29.07.2006 às 23:06

tortura é ler este blog ultimamente, desde as opiniões pró-terroristas sobre a guerra do Líbano à regorjitação mental e devaneios sobre a cultura...

De luikki a 30.07.2006 às 00:00

a pires que não "nos tem em grande com«nta" é a lima????????

De Joshua a 30.07.2006 às 02:21

Cheira de facto a história mal contada. Das duas uma, ou a pianista Pires desencaminhou-se com os milhões ou, de fraca mão, deixou que se desencaminhassem.

Porque a fuga é sempre uma boa desculpa. Fugir para soa sempre mal. E um balanço ao seu projecto? E uma entrevista dilucidadora também não?

Bahia, fuga, férias, deslocalização cultural: mau sinal. Muito mau sinal.

Um mau sinal à portuguesa.

De Carlos Alberto a 30.07.2006 às 14:56

Estes intelectuais, seres superiores, que nós comuns e iletrados mortais não compreendemos.

Tento compreender o que vem publicado na comunicação social da carta da Srª João Pires, e concluo:

1º - A srª não gosta de Portugal.

2º - Foi para o Brasil, onde comprou casa, para se "salvar dos malefícios" que Portugal lhe faz – “"num país como Portugal, que se comporta sem algum interesse pelas gerações futuras nem por projectos que incentivem valores morais, solidariedade, educação, respeito pelo ambiente, amizade e camaradagem". "Ao inverso", acrescentou, Portugal preocupa-se com "sensacionalismo mentira, intriga, conflito e consumismo".”

3º - Ministério da Educação tem colaborado de uma forma positiva, como sempre o fez, e como gastou uma verba de 65 mil euros atribuída pelo Governo em 2003, a pianista garante que a tutela irá receber os justificativos em breve.

Somos um País, segundo a senhora, “se comporta sem algum interesse pelas gerações futuras” mas que investe num projecto 1,8 milhões de euros, em que aparentemente o resultado final é um coro de miúdos. Quantos clubes de jovens e associações culturais, por exemplo na Freguesia onde resido em Guifões, se contentariam com 1% dessa verba, e os milagres que com ela fariam. Como não têm nas suas direcções seres intelectualmente superiores, vão contentando-se com as migalhas que vão caindo da mesa dos orçamentos municipais e nacionais.

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