Parece que o PS - algum PS ainda não confinado ao jazigo familiar onde Sócrates o meteu - pretende "debater" a questão presidencial. O animador da coisa foi o dr. Soares, esse extraordinário candidato dos treze por cento de 2006, que manifestamente não quer passar pelo vexame de ter de apoiar o bardo Alegre. Por isso terá dito em Setúbal que o PS "anseia" por tal debate protagonizado, quem sabe, por ele. Depois, uma estranha "ala esquerda" (como se fosse permitido àquilo ter alas) revista em vultos como o sr. Ramalho, o dr. Pedroso e a dra. Benavente, também está muito empenhada e "ansiosa" como Soares. No fundo, no que eles todos estão a pensar é que Sócrates, minoritário, não sobreviverá excessivamente, com ou sem Cavaco. E, no fundo, nenhum deles gosta verdadeiramente dele. O PS agarrou-se ao dito como gato a bofe porque o absolutismo prometia venturas, sinecuras e eternidades. Com um poder trémulo, a vacuidade de Sócrates torna-se mais evidente e, com o tempo, dispensável. Mesmo assim, é ainda o que têm como corrimão. Quem sabe se não mesmo como candidato.
"a culpa é do governo anterior"