Tendo eu, nestes últimos dias passeado, tambem á –beira-mar – se bem que, geográficamente longe do Vau, o que me levou a escrever algo sobre o Mar e, nem a propósito aqui vai


MAR

«Eu, que tanto amo o mar, que sempre fica depois de tudo passar»

Olho-o, como grande amigo
Sinto-o, como parte integrante do meu ser
Respeito-o, como a um Deus
Entrego-me, como a um amor
Sem restrição, medo ou dor
Entrego-me nos braços seus
Como fossem os teus
Com confiança e sem rancores
E, penetro no seu silêncio
Como fosse o teu
Bem lá, nas profundezas
Onde reina tanta paz
Magníficas sensações
Qual música do silêncio, ele me traz
Bem, lá no fundo do mar
Onda, após onda
Ele, nos vem saudar
Molhando a areia
Como, o molhado do teu beijar
Como, abraço bem forte
Pelas saudades, de tanto por ti esperar
Como, olhar profundo e doce, do teu olhar
Como, elo de ligação
Entre a terra e o céu
Lá está ele ... o mar
E,
Onda, após onda
Ele, nos vem acariciar
Numa profunda saudação
Com, toda a sua força, cor e determinação
Quanta luz
Do sol, nele reflectido
Ele, tem para nos dar
Quanta energia, qual magia
Encerra, o mar

«Ele, que fica depois de tudo passar»

Eu, ficarei ali sentada
Na areia, ou na rocha por ele talhada
... meditando...
... por ti esperando
e,
«Quando eu morrer voltarei para buscar
os instantes que não vivi junto do mar»