
Vi, nas televisões, a tropa - ou o que resta dela em nome da correcção política - a desfilar pelas ruas de Santarém em frente ao seu Comandante Supremo. A mesma Santarém da centenária Escola Prática de Cavalaria encerrada por causa da tagarelice da (falsa) "redução da despesa". À medida que o espectáculo decorria, os representantes das forças armadas encarregados de comentar o evento eram questionados pela jornalista (a da RTP, para variar, bem preparada) acerca das misérias que assolam os três ramos. A pompa e a circunstância não escondem as dificuldades a que nem o próprio Chefe de Estado se furtou no seu discurso. O fim do serviço militar obrigatório (SMO) representa um dos maiores disparates da decisão política oportunista nestes trinta e tal anos de regime. A passagem, ainda que efémera, de milhares de jovens portugueses pela "fileiras" nunca fez mal a ninguém. Pelo contrário. Se, como assinalou Cavaco, falta espírito de sobriedade, de missão e de mérito (não a meritocracia dos liberalóides e dos
parvenus que "subiram" à custa do regime) à sociedade portuguesa, entre outras circunstâncias, à falta de um SMO se deve. Um SMO que incuta aos jovens um módico de responsabilidade e de disciplina, de respeito por quem se deve ter respeito e de compreensão pelo valor da verdadeira autoridade, aquela que é despojada de tiques autoritários mesquinhos e que se impõe por si mesma. As escolas estão no estado em que estão. As universidades, cheias de corvos bêbados, é o que se vê.
"Esta é a ditosa Pátria minha amada"? Não tenho a certeza.
Foto: Estátua de homenagem ao Tenente-Coronel de Cavalaria Salgueiro Maia em Santarém
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