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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 2 Set 15
A administração da LUSA, pelos vistos no âmbito de uma "reorganização" geral da casa, substituiu o director de informação, Fernando Paula Brito, por Pedro Camacho. Saem os directores adjuntos de Paula Brito mas Camacho já deu a entender que se governará com a "prata da casa". Quando Teresa Marques assumiu a presidência da Lusa, escrevi que se tratava de uma boa escolha. Ora o argumentário com que defendeu estas alterações confirmam essa conclusão. "Apesar do excelente trabalho desta direcção de informação, foi entendido que a Lusa precisava de um director que fosse também um gestor, como já vai acontecendo em muitas empresas privadas", uma decisão tomada "numa altura em que ninguém sabe sequer quem vai ser o próximo Governo". Mais. "No dia em que um Governo diga a este Conselho de Administração que tem de mudar a direcção de informação, o Conselho de Administração demite-se". A avaliar pelas experiências mais recentes no que resta de comunicação social sujeita a tutela técnica e financeira do Estado, parece-me definitivamente um bom princípio.
João Gonçalves 2 Set 15
Agosto, mês de férias, feiras e festas, manteve o país em remanso relativo. Só não foi absoluto por causa das eleições o que obrigou os protagonistas delas a alguma movimentação. O "povo", pareceu-me, absorveu as férias, as feiras e as festas até ao tutano e desprezou os ruídos que, de vez em quando, lhe chegavam do folclore partidário. O que pode ser um sinal interpretável para Outubro: a política não consta "inequivocamente" da lista de prioridades do "povo" como desejam os principais candidatos à pastorícia directa da nação. Mesmo assim houve esforços.
O PS acampou a juventude. O PSD ofereceu-lhe a habitual academia de Castelo de Vide. Apareceu uma candidata presidencial e desapareceu outro que antes de ser já não era. O dr. Passos, por força das circunstâncias, anda mais "social" na retórica mas carrega o Novo Banco às costas. O dr. Costa anda o que for preciso e mesmo assim pode não chegar. O dr. Portas, e como estão perfeitos um para o outro, prepara um talk show com a D. Heloísa Apolónia. Jerónimo espera mais deputados. E o Bloco é a Mariana Mortágua e basta. Não se dá praticamente pelos "novos" que, aliás, não fizeram muito para que se dê por eles. Sucede que fora desta pequenez caseirinha a Europa, a que nós estamos ligados mais pelo tratado orçamental do que por qualquer outra coisa, ficou obrigada a encontrar-se consigo própria (história, "valores", "princípios", economia, etc.) por causa dos chamados migrantes e refugiados.
Durão Barroso, o mais bonzo presidente da Comissão Europeia dos derradeiros tempos, passeou por Castelo de Vide a frivolidade que o tornou internacionalmente famoso. Sobre isto referiu que a Europa terá sempre as portas abertas mas não escancaradas. A Hungria ou a Sérvia - países cujo passado não os recomenda especialmente em matéria de direitos humanos - "aprenderam" mais depressa a "lição" de Barroso do que a rapaziada laranja. Foi preciso Merkel para retomar um olhar europeu, sensato e cosmopolita, sobre esta catástrofe. A Alemanha política e "da indústria" dispõe-se a receber 800 mil pessoas e reprova sem hesitações comportamentos xenófobos. Desafia, com a autoridade de quem pagou o preço elevado da devastação física e moral, a restante Europa, a que cabe na indigência oportunista dos Barrosos de Castelo de Vide. A chanceler, para já, devolveu uma "ideia de Europa" à Europa. E é dos textos que quem salva uma vida salva a humanidade inteira.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...