Portugal dos Pequeninos © 2003 - 2015 | Powered by SAPO Blogs | Design by Teresa Alves
Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 19 Jun 15
«O PS nunca se distinguiu pela especial competência da gente que o dirigiu e governou o país durante mais de 20 anos. Algumas personagens foram com certeza melhor do que outras, mas nenhuma (tirando Salgado Zenha e José Manuel Medeiros Ferreira) deixou uma obra durável e uma memória presente e calorosa. Mesmo agora, com uma eleição decisiva à porta, o pequeno grupo que rodeia Costa não se recomenda pelo que fez, nem muito menos pelo que diz. Na intimidade presumo que se acha mutuamente uma esperança; em público não passa da cartilha que já repetia no tempo de Seguro, e volta hoje a repetir com Costa, ornamentada por um vaguíssimo calão económico e por meia dúzia de promessas, que o cidadão comum não leva a sério, tanto mais que são aéreas e na sua maior parte hipotéticas. O dr. Costa deu anteontem uma entrevista a este jornal em que, entre chover sobre o molhado e soltar livremente a sua fantasia, resolveu tratar de um problema real: a reforma do Estado. Pondo de lado a crítica sem sentido à coligação, Costa identificou três pontos, dignos do seu particular zelo: o mar, a modernização administrativa e (calculem!) o desenvolvimento e ordenamento regional. Mas, para chegar aos seus fins nestes três pontos cruciais, Costa não inventou melhor do que fabricar três novos ministérios, que permitam “existir um ministro (claro) com a função transversal”, que “articule” e defina as “políticas sectoriais”. Não quero dar um desgosto a este novo salvador da Pátria, só gostava de o informar que desde 1980 que se fala nessa tremenda habilidade; que Sá Carneiro teve um ministério da Reforma Administrativa; e Cavaco um ministério do Mar. Isto só serviu, como é natural, para provocar um prodigioso número de querelas de competências; para aumentar o funcionalismo; e para paralisar o Estado nas matérias em que precisamente se queria que aumentasse a sua putativa eficácia. O que na situação em que estamos não aquece, nem arrefece, mas mostra bem por dentro a cabeça de António Costa: uma cabeça de alto funcionário, dedicada a fortalecer a administração central, a diminuir a força e a autoridade dos privados (que “ganham milhões com o outsourcing”) e, entretanto, a rabiscar organigramas para deleite dos militantes, que lá se tencionam pendurar. O PS um partido moderno? Não, um partido de burocratas sem responsabilidade e sem brilho.»
Vasco Pulido Valente, Público
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...