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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 17 Mai 15
1. «Hoje, como no passado, uma ou outra cena de tareia faz parte da infância e da juventude da maioria. A diferença está no estatuto que crianças e jovens assumiram hoje na ideologia da família e da sociedade. São divinizados, até por serem muito menos do que no passado; são pasteurizados pelas famílias, pelo crescente manto protector do Estado e pelo discurso público. Mas eles escapam, como sempre fizeram, e dá-se um choque: o que passa nas leis, nas escolas e no politicamente correcto inculcado diariamente pelos media não tem correspondência no território dos próprios miúdos, que persistem em práticas antigas e nas suas regras sociais, que incluem liberdades e coacções, longe da vista dos adultos. Só agora, um ano depois, este caso saiu do território dos miúdos para o palco nacional acompanhado por uma comoção desfasada no tempo: a vida normal prosseguira desde então. O rapaz agredido também disse à TVI estar arrependido de não ter contado aos pais e que os jovens devem denunciar estes casos. Isto é, percebe-se que o rapaz passou de uma coacção social para outra: primeiro, foi alvo da pressão de grupo e, ao não a denunciar, incorporou-a na sua experiência e na do grupo; mas, um ano depois, perante a divulgação nacional do vídeo, submete-se agora à nova coacção social, a do politicamente correcto consensual na sociedade, induzido pelo discurso público criado nos media e nas redes sociais. Passou do pequeno mundo secreto da juventude, que as famílias, escolas e adultos desconhecem, para o grande palco mediático, que ninguém controla verdadeiramente, a começar por ele, pobre rapaz, mas que origina um terramoto de opiniões e uma comoção generalizada completamente desproporcional ao acontecido algures na Figueira da Foz.»
2. «O Parecer do Conselho de Opinião (CO) da RTP sobre as contas de 2014 é arrasador. Revela a irresponsabilidade da gestão da administração Ponte em todos os domínios, incluindo a estratégia de conteúdos comerciais, para obter mais 8,1 milhões em publicidade e em telefonemas de valor acrescentado, que nem assim compensaram o aumento dos gastos com programas (15,6 milhões), quase todos sem qualidade ou iguais aos privados. A RTP acabou 2014 com piores programas, mais 0,7% de gastos e comprometeu o orçamento para os anos seguintes. O Parecer do CO, como sempre acontece nestas coisas, vem depois do mal feito. Entretanto, os contribuintes e espectadores estão a pagar a factura duma gestão calamitosa.»
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...