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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 18 Abr 15
«A “cunha” continua a ser crucial na vida portuguesa, embora hoje tenha outros nomes e outra circulação. Mas a proximidade ao poder, a qualquer poder, continua a ser uma vantagem enorme na obtenção de vantagens injustas e no bloqueio ao mérito. Os “facilitadores” vivem desse mundo e olhando para certas carreiras mesmo no topo do estado a pergunta é como é que chegaram lá. Como é que meia dúzia de pessoas sem qualquer carreira, saber académico, experiência de vida, trato do mundo, podem mandar nalguns casos mais do que um Primeiro-ministro ou um Presidente da República, ao deterem o controlo dos partidos? A resposta é: meteram muitas “cunhas” e prestaram muitos serviços numa fase da vida, e facilitaram muitas “cunhas” noutra. São espertos e hábeis. Conhecem-se entre si e sabem melhor do que ninguém as regras do jogo. Uns sofisticaram-se, outros não, mas há “espaço” para todos. Mas o seu efeito na vida pública é baixar os níveis de qualidade, estiolar a competição política, controlar o seu território com mão de ferro, e gerar à sua volta um círculo de iguais. E pôr em risco a democracia.»
José Pacheco Pereira, Público
«A televisão e os jornais por comum acordo quase não tocaram na extravagante irrupção do dr. Manuel Maria Carrilho pela cena política, mostrando assim um inesperado civismo e também uma certa pena do dr. António Costa. Esta atitude não foi seguida, como de costume, pela gente do PS que não perdeu uma oportunidade de se exibir. Cá tivemos, portanto, a inenarrável Isabel Moreira, o apparatchik José Lello e o advogado Ricardo Sá Fernandes, há muito tempo apaixonado por si mesmo. Na impossibilidade de fechar as 200 mais notórias personalidades do partido num manicómio especializado, António Costa tem dia sim, dia não que refazer o que elas desfazem, enquanto tenta desesperadamente convencer a Pátria que o PS é um partido suficientemente responsável e discreto para nos governar. Mas basta a qualquer momento abrir a porta à questão das “presidenciais” para desencadear uma nova balbúrdia. Pior ainda, essa particular balbúrdia já se desenvolve e espalha por si própria, sem necessidade de um estímulo externo (...). O académico [o sr. António Nóvoa, antigo autor de uma tese intragável, com o título de “Le Temps des Professeurs” ] recebeu logo o apoio público de Mário Soares, de Manuel Alegre e de Carlos César; e, segundo uma insistente boataria, o apoio privado de Sampaio e de Eanes. Não se sabe o que estes beneméritos viram em Nóvoa, principalmente considerando que Nóvoa não tem nada para ver. Perante tudo isto, cresce um grande movimento de caridade, inspirado pelo destino injusto de António Costa. O pobre António, um mancebo tão prometedor, não merecia estas maldades.»
Vasco Pulido Valente, idem
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...