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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

À atenção do Doutor Cavaco

João Gonçalves 16 Mar 15

 Salvo erro Mécia de Sena completa hoje, lá em Santa Bárbara, 95 anos. Repito mais ou menos o que escrevi noutra ocasião. Este país, tão "generoso" na atribuição de veneras ao primeiro paspalhão "empreendedor" ou ao último "gestor" panorâmico e internacionalizado descobrindo depois que se enganou, nunca distinguiu Mécia de Sena pelo trabalho único feito em prol da publicação e divulgação da obra do seu Marido. Sem Mécia, sem a sua persistência e o seu amor (sim, é de amor que se trata como), o prematuro e injusto desaparecimento de Jorge de Sena antes dos sessenta anos de idade poderia ter impedido gerações interessadas de tomar contacto com um dos poucos grandes vultos da chamada cultura portuguesa do século XX. Sena é daqueles portugueses que nunca nos envergonham pelo vencimento permanentemente lúcido e luminoso das suas palavras. Está, pois, mais do que na hora de o Estado homenagear Mécia de Sena que fez durante décadas e décadas mais pela literacia nacional do que exércitos de académicos, proto-académicos, poetastros e escrevinhadores de centros editoriais-comerciais alguma vez poderão fazer.

O ascensor político

João Gonçalves 16 Mar 15

 Esta "história" de "rapaziada" do PS ou afins em torno das escolhas para cargos dirigentes da administração pública não deixa de ter a sua laracha. A CRESAP- e, sobretudo, o nome do prof. Bilhim para lhe presidir - foi das poucas coisas em que houve um "compromisso", para usar o jargão do Doutor Cavaco Silva, entre a maioria e o PS. António José Seguro, à altura líder do PS, praticamente exigiu esta "novidade" procedimental ao governo. E o governo anuiu. Passos Coelho, no primeiro congresso do PSD após ser primeiro-ministro, abundou aliás neste exemplo para louvar a independência do executivo nas nomeações de topo no Estado. No único caso em que tive alguma intervenção (posterior à da CRESAP que cessa quando entrega a lista dos "finalistas" ao membro do governo que nomeia), o ministro em causa pediu-me que lesse os curricula dos "finalistas" e que desse uma opinião. Dei, de acordo com a minha experiência da administração pública e as biografias dos candidatos, e foi nomeada uma pessoa claramente do PS (tinha, até, sido vereador numa câmara) e que, de longe, possuía o melhor perfil. Terá sido uma excepção que não confirma ou infirma qualquer regra. É certo que o ministro (como o adjunto) era independente mas o cargo era, julgo, importante do ponto de vista da mercearia partidária e houve quem não apreciasse a isenção. Mas se estivesse o PS no lugar da coligação o resultado político, a final, seria muito distinto daquele de que se queixam estes magníficos servidores da causa pública que apenas se conseguem imaginar como "chefes" de qualquer coisa ou de alguém?

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