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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 12 Fev 15
«O Doutor Cavaco poderá ter sido o derradeiro "candidato natural" num lastro que começou em 1976, com Eanes, o "candidato natural" da ala militar vencedora do 25 de Novembro e dos partidos que a apoiaram. Agora parece ter sido aberto um leilão no mercado mediático, com destaque para o televisivo, para ver "quem serve". O que, mais do que uma consequência do estado a que chegou o regime, revela duas coisas. A primeira, a progressiva decadência das nossas elites políticas que também se sinaliza nesta absurda "cascata" de putativos presidenciáveis em primeira, segunda ou terceira mãos partidárias ou saídos à pressa do subsolo para alimentar egos e ilusões. A segunda, mais séria, a tentação de banalizar a eleição por sufrágio directo do presidente e a única que "imediatiza" a relação política democrática. É verdade que o Doutor Cavaco não abundou como o "presidente protagonista" que prometia ser. Mas não convém "brincar aos presidentes" quando o próximo, tudo o indica, terá muito para fazer. Num estudo publicado em 1983, na revista "Análise Social", Luís Salgado de Matos explicava o significado e as consequências desta escolha unipessoal. O presidente, "só frente aos cidadãos", recebe "o excesso de procuras sociais que o Parlamento não está em condições de absorver" e, nessa medida, funciona como "banco central do sistema político português: garante-lhe a solvência quando os actores faliram". Não pode ser o fruto de pequenas chalaças.»
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...