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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 30 Jan 15
O dr. Costa mal apeou o dr. Seguro, substituiu a liderança parlamentar do PS por Ferro Rodrigues. O antigo secretário-geral é uma sombra daquilo que representou, mal ou bem, no princípio da década. Obteve um resultado honroso, depois de Guterres, contra Barroso e ganhou-lhe umas europeias. Zangou-se com Sampaio e bateu galhardamente com a porta. Com a emergência de Sócrates, Ferro voou até Paris onde foi um apagadíssimo embaixador na OCDE. Com a queda do "socratismo" regressou a deputado e a vice-presidente do parlamento. Não se distinguiu especialmente a não ser na intendência partidária ao ser dos primeiros a declarar o seu acrisolado apoio a Costa contra Seguro. Costa devolveu a gentileza oferecendo-lhe um lugar que já tinha sido seu quando Ferro mandava no partido. Acontece que o tempo, esse cruel escultor, é impiedoso. A "imagem" do ersatz do secretário-geral do PS na AR é a de um homem fatigado que lê umas fichas, sob a forma de discursos, sem rasgo, entusiasmo ou convicção. É evidente que a "sorte" do PS me é indiferente. Mas ao próprio PS não deveria ser uma vez que aspira o poder daqui a uns meses. Se ainda não perceberam que a escolha de Ferro para líder parlamentar foi um erro, arranjem quem lhes explique porquê,
João Gonçalves 30 Jan 15
O dr. Ricardo Salgado andou a rever as suas agendas. E decidiu revelar, mais do que à comissão parlamentar de inquérito, ao país encontros com o PR, o PM e o vice PM no auge do desastre anunciado. Não me parece que o Parlamento possa "chamar" o PR a depôr, mesmo por escrito, na comissão. Todavia o PR decidiu falar e mal. Crispado, o Doutor Cavaco referiu as quase três mil audiências que já concedeu e o carácter entre o sigiloso e o discreto das mesmas. Isto para concluir ser "mentira" ter feito um voto público de confiança no então BES à beira do abismo. As palavras que proferiu na altura, numa visita ao estrangeiro, foram repetidas nas televisões. Cada um, se lhe apetecer, tirará as suas conclusões. A minha é mais prosaica. O dr. Ricardo Salgado, para usar uma recorrência trivial na política, pode ter sido forçado a abandonar o regime. Mas não há meio de o regime "sair" do dr. Ricardo Salgado.
João Gonçalves 30 Jan 15
«Dezenas de analfabetos que gostam de se dar ares fizeram um escândalo com o aparente excesso de erros de ortografia, pontuação e sintaxe dos 2490 professores que se apresentaram à “Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades” (PACC). Deus lhes dê juízo. Para começar, não há em Portugal uma ortografia estabelecida pelo uso ou pela autoridade. Antes do acordo com o Brasil – um inqualificável gesto de servilismo e de ganância –, já era tudo uma confusão. Hoje, mesmo nos jornais, muita gente se sente obrigada a declarar que espécie de ortografia escolheu. Pior ainda, as regras de pontuação e de sintaxe variam de tal maneira que se tornaram largamente arbitrárias. Já para não falar na redundância e na impropriedade da língua pública que por aí se usa, nas legendas da televisão, que transformaram o português numa caricatura de si próprio; ou na importação sistemática de anglicismos, derivados do “baixo” inglês da economia e de Bruxelas. De qualquer maneira, a pergunta da PACC em que os professores mais falharam acabou por ser a seguinte: “O seleccionador nacional convocou 17 jogadores para o próximo jogo de futebol (para que seria?). Destes 17 jogadores, 6 ficarão no banco como suplentes. Supondo que o seleccionador pode escolher os seis suplentes sem qualquer critério que restrinja a sua escolha, poderemos afirmar que o número de grupos diferentes de jogadores suplentes (é inferior, superior ou igual) ao número de grupos diferentes de jogadores efectivos.” Excepto se a palavra “grupo” designar um conceito matemático universalmente conhecido, a pergunta não faz sentido. Grupos de quê? De jogadores de ataque, de médios, de defesas? Grupos dos que jogam no estrangeiro e dos que, por acaso, jogam aqui? Não se sabe e não existe maneira de descobrir ou de responder. O dr. Crato perdeu a cabeça. Na terceira pergunta em que os professores mais falharam, o dr. Crato agarrou nas considerações tristemente acéfalas de um cavalheiro americano sobre “impressão e fabrico” de livros. Esse cavalheiro pensa que há “livros em que a beleza é um desiderato” (ou seja, a beleza do objecto) e outros “em que o encanto não é factor de importância material” (em inglês, “material” não significa o que o autor da PACC manifestamente julga). E o homenzinho acrescenta pressurosamente: “Quando tentamos uma classificação, a distinção parece assentar entre uma obra útil e uma obra de arte literária”. A obra de arte pede beleza ao tipógrafo (ao tipógrafo?), a obra útil só pede “legibilidade e comodidade de consulta”. Perante este extraordinário cretinismo, a PACC exige que os professores digam se o “excerto” “ilustra” os dois termos de uma comparação, o primeiro, o segundo ou nenhum deles. Uma pessoa pasma como indivíduos com tão pouca educação e tão pouca inteligência se atrevem a “avaliar” alguém.»
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...