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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

Não tem cura

João Gonçalves 11 Jan 15

 

Não vi mas parece que "palpitou" ao dr. Marques Mendes ("intuições") que o dr. Rio também pode ser candidato presidencial. O dr. Santana Lopes, por seu lado, já "deixou cair" vários murmúrios sobre idêntica matéria e, com a mesma rapidez com que o fez, veio a seguir dizer que não era bem aquilo que queria dizer. Um auspicioso começo. Daqui a pouco Marcelo comentará isto tudo consigo dentro e fora disto tudo simultaneamente. Este ridículo frenesim não comove o dr. Passos Coelho que muito justamente o ignorou. A famosa "direita mais estúpida do mundo" pelos vistos não tem cura.

Manifestações republicanas

João Gonçalves 11 Jan 15

 

Os franceses manifestam-se com frequência. Estava em Paris na semana que precedeu a segunda volta das presidenciais, em 2002, entre Chirac e Le Pen. Todos os dias houve uma manifestação. No dia 1 de Maio, fora as habituais alusivas ao dia, também a Frente Nacional atravessou a capital para se deter em frente à Ópera para ouvir, para aí durante cerca de três horas, o pai da actual líder. Em 45, imediatamente após a "Libertação", De Gaulle desceu os Campos Elísios com uma multidão atrás dele. Vinte e tal anos depois, com o país dividido na sequência dos episódios de Maio de 68, o "povo gaullista" juntou-se aos milhares numa "marcha patriótica" liderada por André Malraux de apoio ao presidente. No dia da sua posse, em 1981, Mitterrand subiu a Rua Soufflot a caminho do Panteão rodeado pelo "peuple de gauche" finalmente admitido na V República fundada por De Gaulle. Até o pobre Hollande encheu a Bastilha na noite da sua vitória. As "manifestações republicanas" são, pois, uma constante em França sobretudo desde a "diluição" do regime gaullista nos seus sucedâneos híbridos e nas "coabitações". Chirac arrecadou quase oitenta por cento dos votos na reeleição à conta disto. Apesar de Marine Le Pen ter sido recebida pelo Presidente no Eliseu, os "manifestantes republicanos" não a quiseram ver, ou aos seus, por perto nas ruas em defesa da liberdade. Erraram. Le Pen foi, e adequadamente, criticada pela sugestão acerca de um referendo sobre a pena de morte num país que só a aboliu com a emergência presidencial de Mitterrand. Mas também por ter reivindicado a revisão de Schengen. Aparentemente muitos responsáveis governamentais europeus pelas pastas da administração interna concordam com ela e pretendem "estudar" a matéria. Depois de vencer as "europeias", Marine Le Pen persiste desprezada pelos oligarcas da V República. Os avoengos haviam feito o mesmo a Mitterrand entre 1958 e 1981. Oxalá não se arrependam.

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